Airbus revela projeto de caça não tripulado “invisível aos radares”

Drone Wingman será apresentado pela empresa durante a International Aerospace Exhibition ILA, em Berlim, como uma aeronave furtiva não tripulada comandada por um piloto de caça
O Wingman, drone de combate projetado pela Airbus
O Wingman, drone de combate projetado pela Airbus

A Airbus revelou o proejto de um avião de formas intrigantes e que será apresentado durante a feira International Aerospace Exhibition ILA, em Berlim, a partir do dia 5 de junho.

Trata-se de um caça de combate não tripulado chamado de Wingman que, como sugere o nome, foi pensado como um “ala leal”, aeronave que é comandada a partir de caças tripulados.

A Airbus não confirmou se o projeto é furtivo, mas suas características sugerem que aeronave possui capacidade para não ser rastreada por radares. Há inscrições e marcações na fuselagem que sugerem esse pensamento.

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Especificações também não foram fornecidas embora o Wingman pareça ser propulsionado por um único motor e seja supersônico.

Os canards têm formas semelhantes às asas em delta e o avião revela vários potenciais sensores além de um receptáculo para reabastecimento aéreo.

Parte frontal revela entrada de ar inferior e canards
Parte frontal revela entrada de ar inferior e canards

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“A Força Aérea Alemã expressou uma clara necessidade de uma aeronave não tripulada voando e apoiando as missões de seus caças tripulados antes que o Future Combat Air System esteja operacional em 2040”, disse Michael Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space.

“Nosso conceito Wingman é a resposta. Iremos impulsionar e aperfeiçoar ainda mais esta inovação fabricada na Alemanha para que, em última análise, possamos oferecer à Força Aérea Alemã uma solução acessível com o desempenho necessário para maximizar os efeitos e multiplicar o poder da sua frota de caças para a década de 2030”, concluiu o executivo.

Segundo a Airbus, o Wingman poderia ser comandado por pilotos em caças Eurofighter e assumir tarefas de missão de alto risco. Entre elas estão o reconhecimento até o bloqueio de alvos e o envolvimento de alvos no solo ou no ar com munições ou mísseis guiados com precisão.

“Pilotos de aeronaves tripuladas atuando como ‘caças de comando’ sempre terão o controle da missão. Eles são sempre a autoridade final de tomada de decisão, ao mesmo tempo que se beneficiam da proteção e da menor exposição ao risco que a delegação de tarefas táticas a sistemas não tripulados oferece”, explica a empresa.

O conceito Wingman apresenta vários sensores e um possível receptáculo para reabastecimento aéreo
O conceito Wingman apresenta vários sensores e um possível receptáculo para reabastecimento aéreo (Airbus)

Caça de 6ª geração em serviço apenas em 2040

O conceito de um ala leal da Airbus surge em meio às discussões iniciais para o programa Future Combat Air System (FCAS), que dará origem a um caça de 6ª geração a ser operado pela França, Alemanha e Espanha, além de possivelmente a Bélgica.

O projeto ambicioso, no entanto, esbarra no alto custo e nos entraves entre Dassault e a Airbus pelo protagonismo no programa.

O drone XQ-67A em voo
O drone XQ-67A em voo (USAF)

Além disso, o desenvolvimento promete levar muito tempo, com a previsão de entrada em serviço por volta de 2040. Portanto, um ala leal poderia oferecer uma capacidade militar avançada com custo e prazo mais curto enquanto o novo caça não fica pronto.

Iniciativa semelhante tem motivado a Força Aérea dos EUA a acelerar vários programas de Aeronaves Colaborativas de Combate (CCA), com uso de Inteligência Artificial.

O plano é que centenas desses jatos furtivos não tripulados em serviço até o final da década, a despeito do desenvolvimento do NGAD, que dará origem a um caça de 6ª geração.

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