A Airbus anunciou nesta segunda-feira (17) uma parceria colaborativa com as fabricantes francesa Daher e a Safran para desenvolver um avião com motorização híbrida-elétrica, o EcoPulseTM. Segundo comunicado do grupo, o primeiro voo da aeronave de demonstração está programado para 2022. O programa também conta com apoio do CORAC (Conselho de Pesquisa da Aviação Civil Francesa) e o DGAC (Autoridade Francesa de Aviação Civil).
Baseado no monomotor TBM da Daher, o protótipo será impulsionado por um motor turbo-hélice e seis motores elétricos distribuídos pelas asas do avião. Segundo comunicado do grupo, o objetivo do projeto é desenvolver e validar tecnologias que aumentam a eficiência ambiental das aeronaves para atender às necessidades futuras da indústria aeronáutica.
O desenvolvimento do avião híbrido será dividido em três áreas de pesquisa e desenvolvimento entre os três parceiros do programa. A Airbus será responsável pelo projeto aerodinâmico do sistema de propulsão e instalação de baterias, enquanto a Daher vai instalar os componentes e sistemas aviônicos, realizar a análise geral da aeronave e os testes de voo com o EcoPulseTM. Já o sistema de propulsão híbrido será fornecido pela Safran.
“O EcoPulseTM nos oferece uma excelente oportunidade para avaliar e identificar as características específicas esperadas por este mercado, particularmente em termos de novos projetos de aeronaves de propulsão híbrida. A Safran pretende se posicionar como líder de mercado neste tipo de sistema de propulsão até 2025 ”, disse Stéphane Cueille, chefe de pesquisa, tecnologia e inovação da Safran.
A motorização do EcoPulseTM será composta por um turbogerador (um turbocompressor e um gerador de energia combinados), um sistema de gerenciamento de energia elétrica e motores elétricos, que a Airbus chama de “e-Propellers” (e-Hélices).
“Este demonstrador de propulsão híbrido distribuído é um passo muito importante no sentido de preparar os padrões de certificação para uma aeronave mais elétrica. Também nos dá a oportunidade de melhorar nossos modelos de simulação e considerar seu uso em aeronaves maiores ”, disse Jean-Brice Dumont, vice-presidente executivo de engenharia da Airbus.
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