Airbus vê brasileiro viajando cada vez mais de avião nos próximos 20 anos

Fabricante divulgou sua previsão de demanda de aeronaves comerciais até 2043 e diz que Brasil terá uma viagem per capita em duas décadas
A320neo da Azul
A320neo da Azul: Airbus vê Brasil voando mais

A Airbus reviu para cima seu estudo de demanda global de mercado (Global Market Forescast) para os próximos 20 anos, prevendo que o mercado de aviação comercial absoverá 42.430 novas aeronaves comerciais até 2043.

No ano passado, a fabricante havia estimado a demanda por 40.850 novos aviões, ou seja, serão 1.580 aeronaves a mais dentro de um ano.

O crescimento mais alto é estimulado por mais pessoas desejando viajar, sobretudo na região da Ásia e do Pacífico, mas até mesmo o Brasil, a despeito das crises, é visto com um mercado punjante.

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Em seu relatório, a Airbus afirma que nosso país pulará de uma média de 0,4 viagens per capita para uma viagem per capita dentro de 20 anos.

Segundo o estudo, o brasileiro fará uma viagem per capita até 2043 contra apenas 0,4 viagem hoje
Segundo o estudo, o brasileiro fará uma viagem per capita até 2043 contra apenas 0,4 viagem hoje

É um patamar considerável que hoje europeus têm em média 1,7 viagem per capita e os EUA, 2,1 viagens per capita – a China, grande estrela da aviação, o índice é de somente 0,5 viagem per capita, mas pulará para 1,7 viagem.

Jatos de fuselagem estreita continuarão em alta

Dos mais de 42 mil aviões novos previstos pela empresa, 33.510 serão de fuselagem estreita como o A320 e o Boeing 737. Eles eram 32.630 na previsão de 2023.

A demanda estimada pela Airbus para aeronaves comerciais
A demanda estimada pela Airbus para aeronaves comerciais

Os grandes jatos fuselagem larga representarão 7.980 aeronaves e os novos cargueiros, outros 940 aviões.

Como tem apontado há tempos, a região da Ásia/Pacífico, incluindo a China, responderá pela maior parte da demanda, nada menos que 46% dos novos aviões.

A China sozinha deverá receber 9.520 aeronaves (22,4%), superando a Europa e a América do Norte.

A região do Oriente Médio, por sua vez, terá a maior parcela de widebodies no mundo, com 42% de aeronaves com dois corredores.

Os aviões de corredor único, no entanto, continuarão dominando o mercado com uma ampla renovação de frota. Segundo a Airbus, apenas 2.950 aeronaves em serviço hoje continuarão voando em 2043.

Cerca de 27.500 pedidos em aberto

Dos 33.510 novos jatos de corredor único, 14.810 serão adquiridos para substituir velhos aviões e 18.700 servirão para a expansão de serviços. No entanto, 13.070 unidades já foram negociadas com as fabricantes e 20.440 serão futuros pedidos.

Entre os widebodies, 430 aeronaves continuarão voando dentro de 20 anos, 3.850 serão substituídas por novos aviões e nada menos que 4.130 pedidos se referem ao crescimento da demanda por esse tipo de aeronave.

A Airbus vê portanto espaço para 6.130 novos pedidos de widebodies já que hoje existem 1.850 aeronaves já encomendadas.

O tamanho dos mercados regionais
O tamanho dos mercados regionais

O mercado de carga aérea, por fim, viverá uma situação um pouco diferente. Das 2.470 aeronaves que serão introduzidas em serviço, 1.530 serão aviões de passageiros convertidos para carga (P2F).

Apenas 940 jatos serão cargueiros natos, fabricados para esse fim. A frota em 2044 deverá chegar a 3.360 aeronaves, cerca de 50% maior do que em 2023.

No total, a Airbus afirma que há uma demanda aberta para 27.510 aeronaves dentro de 20 anos.

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