A parceria entre a Azul Linhas Aéreas e a Força Aérea Brasileira (FAB) não se resumiu a ser a única participante do leilão para compra de dois jatos A330-200, dos quais não era dona na época da concorrência. A companhia aérea também está envolvida no treinamento de militares para operar a aeronave widebody, que será convertida para o padrão A330 MRTT e designada KC-30.
Nesta segunda-feira (6), um grupo de militares esteve em Campinas (SP) para iniciar o curso operacional do jato nas instalações da “Universidade Azul”. A aula inaugural contou com a presença do Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e do presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, que discursaram para os presentes.
Segundo a Aeronáutica, oito pilotos, oito mecânicos e 16 comissários de bordo serão treinado para operar os dois A330-200. Para isso, a FAB está reativando o Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário, baseado no Galeão, no Rio de Janeiro.
Atualmente, a Azul é a única operadora do A330-200 e do A330-900neo. A LATAM aposentou sua frota do primeiro há bastante tempo enquanto a Avianca Brasil encerrou suas rotas internacionais pouco antes de falir.
É nessa base aérea que estavam lotados os quatro KC-137, jatos Boeing 707 convertidos para reabastecimento aéreo e transporte, que operaram até 2013. Desde então, a Força Aérea só voltou a contar com jatos de grande porte quando alugou um Boeing 767-300 por curto tempo, mas sem adaptações para uso militar.
Os dois KC-30 são jatos fabricados em 2014 que voaram pela Azul e pela Avianca Brasil. Eles não pertenciam à companhia aérea fundada por David Neeleman, que foi a única participante do leilão, aceitando receber pouco mais de US$ 80 milhões pelas aeronaves. Após ser apontada vencedora do certame, a Azul fechou a compra de ambos com as empresas de leasing por valores não divulgados.
A FAB está agora na fase de adaptação dos jatos para receberem a pintura da força além de revisão geral. Ainda será preciso negociar com a Airbus a conversão para o padrão MRTT (Multi Role Tanker Transport), com a instalação de sondas de reabastecimento e outras adaptações.
Não consigo ver esse comandante da FAB como alguém bom para as Forças Aéreas e consequentemente para o Brasil. É estranho a força que ele faz pra separar a FAB da Embraer (e da indústria aeronáutica brasileira por consequência).
A FAB priorizando a construção de uma Força Aérea decente, ao invés de priorizar os lucros da EMBRAER. Marcelo Lopes deve ser acionista da empresa.