A Alemanha e a Airbus Defense and Space iniciaram neste mês os primeiros passos para o desenvolver um caça de sexta geração, apontou a revista The National Interest, dos Estados Unidos. O projeto, nomeado FCAS (Sistema Aéreo de Combate do Futuro), prevê a construção de uma aeronave de combate avançada com performance “stealth” (furtivo), termo em inglês para os chamados aviões “invisíveis” aos radares.
O objetivo do programa, anunciado em julho de 2016, é criar um novo caça para substituir o veterano Panavia Tornado, desenvolvido na década de 1970 a partir de um consórcio entre Alemanha, Itália e Reino Unido. A previsão é de que o FCAS seja declarado operacional pela Luftwaffe (força aérea da Alemanha) entre 2030 e 2040.
Contrariando as expectativas sobre a aviação militar do futuro, o caça invisível alemão ainda prevê a participação de pilotos no cockpit da aeronave. Contudo, a opção de controlar o avião a distância também não é descartada. Um projeto de caça de sexta geração da Boeing também prevê as duas possibilidades de controle.
Por se tratar de um projeto europeu, é provável que mais empresas do Velho Continente participem do desenvolvimento do FCAS, assim como outras nações no bloco, repetindo a fórmula que originou o Eurofighter Typhoon, criado em parceria entre fabricantes da Alemanha, Espanha, Reino Unido e Itália – – a França também participou do programa, mas depois o abandonou para investir no Dassault Rafale.
Enquanto corre o desenvolvimento do FCAS, a Luftwaffe estuda ampliar a frota de caças Typhoon em meados da década de 1930, uma vez que os Tornado devem ser retirados de serviço a partir de 2020.
O último caça “puro sangue” alemão foi o Messerschmitt Me 262, que também tem o crédito de ser o primeiro avião de combate com motores a jato a entrar em serviço no mundo. A aeronave foi produzida de 1944 até o final da Segunda Guerra Mundial, no ano seguinte.
Caças de sexta geração
Os caças F-22 e F-35, considerados os mais avançados do mundo em operação, são aeronaves da chamada quinta geração, desenvolvidos a partir da década de 1990. Os Northrop F-5 Tiger da Força Aérea Brasileira (FAB), projetado na década de 1950, é considerado um caça de segunda geração, enquanto o Saab Gripen NG, futuro caça da FAB, é classificado como uma aeronave de quarta geração, assim como o Typhoon e o Rafale.
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