A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, aprovou o envio de aviões da Luftwaffe (força aérea alemã) para apoiar a coalização de combate ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque. O governo alemão ofereceu caças Tornado, aeronaves de reabastecimento aéreo e embarcações para ajudar às forças que já encontram na região, como França e Rússia.
“Vamos contribuir com aviões Tornado de reconhecimento, uma fragata para ajudar a proteger o porta-aviões francês Charles de Gaulle e um reabastecedor aéreo para aviões de combate”, declarou a ministra de defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, à agência Bloomberg.
Como informou o governo alemão, serão destacados entre quatro e seis aviões Tornado. As aeronaves serão equipados com câmeras e sensores infravermelho para atuarem em missões de reconhecimento de posições inimigas, que posteriormente poderão ser atacadas por aviões de outros países da coalização. A Alemanha, portanto, vai participar do combate apenas na função de vigilância e não para disparar armas.
O pacote de medidas para viabilizar a ação militar da Alemanha ainda será discutido no Conselho de Ministro e submetido a votação parlamentar na próxima semana. “Nós não vamos ser capazes de passar sem um confronto militar com o Estado Islâmico e outros grupos terroristas na Síria”, disse o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.
A Alemanha é pressionada pela França, seu maior aliado na Europa, para colaborar nas ações militares e reforçar sua contribuição na lita contra o EI depois do ataques terroristas em Paris. Após a Segunda Guerra Mundial, o governo alemão estabeleceu limites rigorosos para ações militares que praticamente impedem a participação do país em conflitos, mesmo sendo um dos membros da OTAN com maior arsenal de guerra.
As últimas ações militares da Alemanha aconteceram na Guerra do Kosovo, em 1999, e na intervenção no Afeganistão. Nessas duas oportunidades as forças alemãs apoiaram coalizações da OTAN e contribuiu em missões de bombardeiro e reconhecimento.
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Já passou da hora Luftwaffe ser equipada como nos tempos de outrora , foi a maior foça aérea do mundo, e a Alemanha tem condições financeiras e tecnológicas para transforma-la de novo em uma potencia aérea global.