Amaszonas tenta reverter na Justiça bloqueio dos quatro jatos Embraer E190

Companhia aérea boliviana obteve liminar que suspende cancelamento das matrículas das aeronaves, mas autoridade de aviação civil afirmou não ter sido notificada. Voos estão suspensos até pelo menos 15 de agosto
E190 que voava pela Amaszonas (Divulgação)

Sem voar desde 8 de agosto, a Amaszonas, companhia aérea boliviana de propriedade do empresário brasileiro Mauricio Souza, tenta reverter na Justica o cancelamento das matrículas dos quatro jatos E190, da Embraer.

As aeronaves são as únicas operacionais na empresa aérea, embora duas estejam sem voar há meses.

Na segunda-feira 7 de agosto a Dirección General de Aeronáutica Civil (DGAC), autoridade de aviação civil da Bolívia, suspendeu o registro dos jatos a pedido da GY Aviation Lease 1816 (CDB Aviation), que alega que a Amaszonas tem uma dívida pendente de US$ 17 milhões.

A companhia aérea obteve uma liminar para suspender os efeitos da decisão da DGAC, mas a agência disse que não havia sido notificada oficialmente pela Justiça.

Em meio ao impasse, a Amaszonas comunicou em suas redes sociais que seus voos estão suspensos até 15 de agosto.

A Amaszonas foi adquirida pelo grupo Nella

AOC válido até dezembro de 2024

Segundo a mídia local, a companhia aérea entrou com uma ação na Justiça de Nova York em que alega uma dívida menor (US$ 11 milhões) e que seu contrato de leasing tem validade até 2026 – a GY Aviation teria dito que o acordo foi encerrado em junho deste ano.

Já o governo da Bolívia sinalizou que o problema deverá ser resolvido entre as empresas já que a Amaszonas não está proibida de operar – seu Certificado de Operador Aéreo (AOC) tem validade até dezembro de 2024.

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“Este é um problema interno da Amaszonas que ela deve resolver em conjunto com a outra empresa. Em nenhum momento a companhia aérea foi privada de seu certificado aéreo”, disse Edgar Montaño, ministro de Obras Públicas.

Outro integrante do governo, o vice-ministro dos Transportes Wilfredo Gutierréz, afirmou que a Amaszonas deveria buscar outras aeronaves no mercado para seguir voando.

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