Se com o A380 a Airbus conseguiu reverter uma perspectiva negativa que colocava futuro do jato em xeque, o A350 parece ser a nova fonte de dores de cabeça para o fabricante europeu. Mais moderno jato de sua linha, o birreator anda acumulando alguns reveses nos últimos meses.
No Brasil, por exemplo, das três companhias que haviam divulgado interesse no avião apenas a LATAM tem unidades em sua frota, e ainda assim acabou repassando parte delas para a Qatar. A Avianca deverá receber os primeiros exemplares apenas em 2020 e a Azul desistiu da encomenda em favor do A330neo, mais barato. Mas foi em outubro do ano passado a notícia foi a pior possível: a Emirates anunciou a compra do Boeing 787 após cancelar uma antiga encomenda do A350.
Agora, outra importante companhia aérea admitiu que pode declinar do avançado jato, a American Airlines. Durante a apresentação dos números de 2017, o CFO Derek Kerr revelou que a companhia americana estuda converter as encomendas do A350 em A330-900neo ou até mesmo optar pelo rival 787-9, da Boeing.
O problema no caso da American envolve a falta de comunalidade com outros aviões da frota. Ao contrário do A330neo, que mantém muitas similares com o A330 já usado pela empresa aérea, o A350 é uma nova aeronave e exigirár treinamento e um investimento significativo. Da mesma forma, a American opera hoje 34 unidades do 787 das versões -8 e -9 e aumentar essa frota seria mais natural e viável economicamente.
Legado da US Airways
Quando assumiu a companhia aérea US Airways em 2013, a American Airlines “herdou” a encomenda do A350 realizada em 2007 e que previa as primeiras entregas em 2014. Com a fusão em dezembro de 2013, a American optou por converter o pedido original de 22 A350-800 para a versão maior -900. As entregas começariam então em 2017, mas a companhia americana postergou a chegada do avião para o final de 2018. No ano passado, um novo adiamento para 2020 apenas. Ou seja, a direção da empresa ainda tem tempo para decidir o que fazer por enquanto.
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