A American Airlines é a terceira companhia aérea do mundo a reiniciar os voos comerciais com o 737 MAX após 20 meses de proibição. A empresa programou o voo AA 718, entre Nova York (La Guardia) e Miami, para operar com o jato da Boeing nesta terça-feira (29).
Antes da American, a Gol e a Aeromexico reintroduziram a aeronave em serviço após a aprovação das autoridades de aviação civil do Brasil e do México. Nos EUA, o 737 MAX recebeu sua Diretiva de Aeronavegabiliade em novembro, porém, as clientes do modelo no país preferiram esperar algumas semanas antes de voltarem a utilizá-lo em sua malha de voos.
A United Airlines, por exemplo, só deve voltar a voar com o 737 MAX em fevereiro, já a Southwest Airlines, maior cliente da aeronave no mundo, pretende reintroduzir o jato em serviço apenas em março.
Com 31 jatos em sua frota, a American Airlines é uma das maiores clientes do 737 MAX, com o qual chegou a realizar voos internacionais antes da pandemia. Gol e Aeromexico, por sua vez, têm apenas sete e seis aviões recebidos, mas que representam uma parte importante de suas frotas.
Sem rejeição aparente
A volta dos voos do 737 MAX na American coloca luz sobre o risco de rejeição por parte dos passageiros. Durante quase dois anos, a aeronave foi alvo de notícias negativas que questionaram sua segurança após dois acidentes fatais que vitimaram 346 pessoas.
Mas, aparentemente, a maior parte dos passageiros não tem se mostrado preocupada com esse assunto. De acordo com o jornal britãnico The Telegraph, existiam 100 reservas no primeiro voo da American nesta terça, uma quantidade razoável de pessoas.
Outra constatação de que o avião da Boeing pode não sofrer com desconfianças de clientes é o resultado de uma enquete da Reuters que mostrou que apenas 39% dos participantes disseram saber dos acidentes com o 737 MAX, comparado com 50% em levantamento semelhante realizado em maio de 2019.
Veja também: Alaska Airlines amplia encomenda do 737 MAX