A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu o Certificado de Operador Aéreo da companhia Flyways Linhas Aéreas, do Rio de Janeiro (RJ). A empresa, que já não voava desde outubro de 2016, agora está oficialmente impedida de voar. A decisão foi publicada no Diário Oficial, no último dia 2 de março.
A Flyways foi autorizada a voar pela ANAC no final de 2015 e seu primeiro voo comercial foi realizado no dia 28 de dezembro daquele ano, entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em 2016, a empresa também operou em cidades como Uberaba, Ipatinga e Araxá, toda no estado de Minas Gerais. O plano da companhia era criar uma malha de rotas regionais.
Em menos de um ano de operações efetivas, a frota da empresa foi composta por dois turbo-hélices ATR 72, número bem distante do plano inicial, que previa a aquisição de 10 aeronaves até o final de 2016 e 30 até 2019. A Flyways também pretendia aumentar suas rotas por cidades nos estados do Rio de Janeiro e Espiríto Santo.
Processos judiciais
Em junho de 2016, a Flyways foi intimada a devolver uma de suas aeronaves e, mais adiante, o segundo aparelho foi paralisado, levando a suspensão da venda de passagens. Na época, a empresa alegou que o avião estava em manutenção.
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Já em setembro de 2016, a empresa anunciou que receberia investimentos do grupo Avmax, do Canadá, inclusive com a incorporação de aeronaves da Bombardier, o que também não se concretizou. Nesse mesmo período, a Flyways retomou suas operações, mas logo em seguida as paralisou novamente.
Por fim, em outubro do ano passado, a Flyways foi citada nas investigações da Operação Lava-Jata da Polícia Federal, por supostamente estar envolvida em pagamentos de propinas a funcionários da Eletronuclear.
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