A Embraer conquistou dois novos pedidos para sua família de jatos comerciais E2 que se não chegam a impressionar pelos números, revelam um fator psicológico importante, o de ter superado a dura concorrência da Airbus.
Desde que assumiu em 2017 o programa C Series, da Bombardier, a fabricante europeia tem promovido o A220 (sua nova denominação) dentro de sua estratégia agressiva de vendas, que inclui a bem sucedida família A320neo.
O “pacote” tem conseguido vitórias importantes como no caso da Qantas, que encomendou ambos. Mas é sobretudo quando oferece o A220 para clientes já tradicionais que a Airbus tem dificultado a vida da Embraer.
A força da empresa europeia é tão grande que mesmo a Boeing tem sentido grande dificuldade em fechar novos pedidos, como ocorreu com a Air France-KLM, cuja subsidiária Transavia decidiu substituir seus 737 pelos A320neo e A321neo.
No caso da família E2, algumas concorrências perdidas como para a JetBlue ou a Breeze Airways foram bastante dolorosas para a empresa brasileira, mas houve também situações favoráveis para ela.
A opção da KLM Cityhopper pelos E195-E2 foi uma delas, mas conquistar o imenso pedido de 50 jatos da Porter Airlines, sem dúvida, é até aqui a maior vitória da Embraer perante a Airbus.
Isso porque a canadense Porter foi uma das primeiras interessadas no C Series, porém, sem perspectiva de contar com a aeronave em curto prazo, virou-se para a Embraer e contará com seus primeiros E195-E2 ainda em 2022.
Clientes Airbus
Os acordos com a Royal Jordanian Airlines e a SalamAir, do Omã, no entanto, tem um fator simbólico imenso por se tratarem de dois clientes da Airbus, ao contrário da Porter, que só opera hoje turboélices Dash 8.
A Royal Jordanian, por exemplo, está concluindo uma encomenda de 20 jatos A320neo e seria natural que a Airbus empurrasse o A220 no pacote. Porém, a direção da companhia aérea jordaniana preferiu substituir seus E-Jets de primeira geração pelos novos E2, aproveitando seu conhecimento adquirido na frota Embraer.
Já a nova SalamAir surpreendeu ao preferir reforçar sua frota com os E195-E2 já que atualmente ela só possui aviões A320neo e A321neo. Por ser uma low cost, a empresa aérea normalmente prefere ter poucos tipos de aeronaves por questões de manutenção e treinamento.
São sinais importantes de que há espaço para concorrência, a despeito de a Airbus ser uma empresa que joga pesado nas negociações.
Fato é que os jatos E2 possuem vantagens em faixas de menos assentos além de a linha de montagem da Embraer poder entregar aeronaves bem antes que as sobrecarregadas fábricas da gigante europeia. A rival europeia, por outro lado, tem uma aeronave mais espaçosa e que oferece uma autonomia impressionante.
Por enquanto, o placar de encomendas é amplamente favorável ao A220, que tinha até agosto 774 pedidos firmes, a maioria pelo A220-300 (670).
Até o primeiro semestre, a Embraer registrava 221 pedidos pelos E2, 201 deles do E195-E2. Acrescente-se aí os seis aviões da SalamAir e futuramente os dez da Royal Jordanian e chegamos a quase 240 aeronaves.
A expectativa é que esses números cresçam mais rapidamente daqui em diante, graças à ofensiva da Embraer mundo afora.
Diz lá para os arabes, que se eles olharem de lado para os europeus, eles cortam a manutenção e peçãs
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