A United Airlines e a Emirates Airline anunciaram nesta quarta-feira, 14, uma parceria estratégica que promete agitar o mercado de aviação comercial nos EUA.
A partir de novembro, os passageiros da Emirates que chegarem aos EUA pelos hubs de Chicago, San Francisco e Houston poderão seguir viagem para quase 200 destinos operados pela United.
Já a partir de março de 2023, a companhia aérea dos EUA voltará a voar para os Emirados Árabes Unidos após seis anos, na rota Newark-Dubai. De lá, seus passageiros poderão utilizar os serviços da Emirates e da sua coligada flyDubai para dezenas de destinos no mundo.
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O acordo comercial foi celebrado no Aeroporto de Dulles, em Washington, com a presença de dois Boeing 777 das empresas e contou com a participação do presidente da Emirates, Sir Tim Clark, e o CEO da United, Scott Kirby.
“Duas das maiores e mais conhecidas companhias aéreas do mundo estão se unindo para levar as pessoas para mais lugares, em um momento em que a demanda por viagens está se recuperando com força. É uma parceria significativa que trará enormes benefícios ao consumidor e aproximará ainda mais os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos”, disse Sir Tim Clark.
“Este acordo une duas companhias aéreas icônicas que compartilham um compromisso comum de criar a melhor experiência do cliente nos céus. O novo voo da United para Dubai e nossas redes complementares facilitarão as viagens globais para milhões de nossos clientes, ajudando a impulsionar as economias locais e fortalecer os laços culturais”, disse Scott Kirby.
“Inimigos” no passado
O anúncio da parceria ocorre anos após uma disputa legal entre as três grandes empresas aéreas dos EUA contra a Emirates, Qatar Airways e Etihad.
Em 2015, United, American e Delta se queixaram ao governo dos EUA a respeito da concorrência desleal das suas rivais do Golfo Pérsico, que recebiam bilhões de dólares em subsídios e praticavam tarifas artificialmente menores.
As três empresas aéreas dos EUA pediram ainda o fim do direito da “quinta liberdade”, que permitia que Emirates, Qatar e Etihad pudessem vender passagens aéreas para destinos intermediários até os Emirados Árabes e Qatar.
Três anos depois, os governos dos três países fecharam um acordo para resolver a questão, porém, o relacionamento entre as empresas aéreas nunca havia voltado ao normal até aqui. Resta saber qual será o posicionamento da American Airlines e da Delta Air Lines após a “traição” da United.
muita coisa vai acontecer na aviação até dezembro, não só no mundo como aqui no Brasil, surpresas virão.