Fabricante de alguns dos maiores e mais impressionantes aviões de todos os tempos, a Antonov está diversificando seus negócios em resposta à invasão da Rússia ao território da Ucrânia. De acordo com a agência Reuters, a empresa ucraniana iniciou a produção de drones para apoiar os esforços de Kiev na guerra contra os russos, em curso desde fevereiro de 2022.
Citando informações divulgadas durante uma apresentação da Ukroboronprom, a associação ucraniana de empresas de defesa da qual a Antonov faz parte, a agência diz que a fabricante inaugurou em junho deste ano um centro de desenvolvimento e produção de sistemas aéreos não tripulados. A localização da instalação é desconhecida.
Na visão dos ucranianos, o objetivo do novo centro de drones da Antonov, conforme citado pela publicação, é “melhorar as capacidades de fabricação de sistemas não tripulados e fornecer apoio aos fabricantes privados de sistemas não tripulados em termos de experiência e serviços”.
Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Fora os projetos e produção de drones, a instalação da Antonov também conduz estudos aerodinâmicos experimentais e desenvolve simuladores de voo para o treinamento de operadores de veículos aéreos não tripulados, cita a reportagem.
A Antonov já possui alguma experiência em projetos de aeronaves não tripuladas. Em 2017, a fabricante apresentou o modelo “Gorlitsa”, concebido para uso militar em voos de reconhecimento e marcação de alvos.
Guerra dos drones
A guerra da Ucrânia é hoje um campo de batalha que muitas vezes envolve a participação de veículos aéreos não tripulados, sejam modelos de observação ou drones “kamikase” usados em ataques. Tanto os ucranianos como os russos estão utilizando essas ferramentas nos enfrentamentos.
O lado ucraniano, inclusive, vem empreendendo ofensivas bastante ousadas em profundida no território russo, incluindo ataques com aeronaves não tripuladas ao centro de Moscou e até contra bases militares da Rússia. No mês passado, por exemplo, um ataque com drones a Base Soltsy-2 da força aérea russa, a 650 km da fronteira com a Ucrânia, destruiu um bombardeiro supersônico Tu-22M3 que estava estacionado no local.