Após receber inúmeros contatos de entusiastas, a Antonov Company foi às redes sociais para explicar seu plano preliminar para recuperar o An-225 Mriya. O único exemplar da aeronave foi destruído no fim de fevereiro após um ataque de tropas russas ao aeroporto de Hostomel, onde o maior avião do mundo ficava baseado.
Em texto publicado no Facebook, a fabricante ucraniana trata a recuperação do An-225 como uma “tarefa crucial” para a Antonov e toda comunidade aeronáutica mundial. No entanto, para levar adiante a reconstrução do avião gigante a empresa tem pela frente uma série de desafios.
A Antonov diz que possui os “agregados básicos” para construir a estrutura da aeronave. Porém, a empresa diz que o novo Mriya precisa ser reprojetado para atender aos padrões atuais e prospectivos de aeronavegabilidade e ser equipada com itens específicos para as tarefas que irá desempenhar.
“Isso exigirá uma grande quantidade de projetos e trabalhos de engenharia, seleção e compra de componentes apropriados, programa de testes, etc. Naturalmente, este projeto será realizado sob ampla cooperação internacional, com a participação de empresas e empreendimentos líderes da indústria global de aviação”, cita o comunicado da Antonov.
A empresa também informou que a Ukroboronprom, grupo estatal controlador da Antonov, vai montar uma comissão especial para analisar a possibilidade de utilizar componentes do An-225 que foi destruído e determinar o orçamento para reconstruir o avião.
“As fontes de financiamento também serão determinadas pelo estado. Os recursos já recebidos pelo fundo (oriundos de uma campanha de crowdfunding) serão utilizados exclusivamente para a execução do projeto de reconstrução do Mriya. Além disso, com relatórios transparentes para cada grívnia (moeda ucraniana) ou dólar gasto”, continua o texto da fabricante ucraniana, que não menciona nenhum prazo para o início do projeto.
Em tempo, a Antonov pediu ao público para não visitar a aeroporto de Hostomel, pois a área passa neste momento por um processo de remoção de minas terrestres deixadas pelos ocupantes russos.