A despeito dos prolongados problemas que afetam os turbofans GTF (Geared Turbofan), da Pratt & Whitney, a LATAM Airlines decidiu confiar no motor para equipar toda sua frota de aeronaves Airbus A320neo.
As duas empresas celebraram acordo em 5 de junho em que estendem a encomenda inicial feita em 2013 para englobar os 146 jatos atualmente acertados com a Airbus, incluindo opções.
“Na LATAM, estamos comprometidos não apenas em conectar a América do Sul ao mundo, mas também em cuidar do meio ambiente e reduzir nossa pegada de carbono. Temos orgulho de fortalecer nossa parceria com a Pratt & Whitney para suprir nossa família A320neo, pois esperamos aumentar essa frota para mais de 100 unidades nos próximos anos”, disse Roberto Alvo, CEO do LATAM Airlines Group.
A LATAM recebeu o primeiro A320neo das Américas em 2016, mas suspendeu boa parte das entregas até pouco tempo atrás por conta da pandemia e também durante o processo de recuperação judicial nos EUA.
A empresa aérea, maior da América Latina, voltou a receber os jatos da Airbus recentemente e apostou em novas variantes como a A321XLR, da qual receberá o primeiro avião em 2025.
O relacionamento entre LATAM e Pratt & Whitney é bastante extenso e inclui também serviços de manutenção de longo prazo. Além disso, a transportadora sul-americana possui uma grande frota de jatos A320 equipado com motores IAE V2500, da parceria da PW com a MTU e um consórcio de fabricantes japoneses.
LEAP-1A era opção
Ao contrário do 737 MAX, que só foi certificado com o motor LEAP-1B, da CFM, a Airbus oferece duas opções de turbofan para a família A320neo, o GTF e o próprio LEAP, mas na versão -1A.
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Segundo especialistas, o LEAP (Leading Edge Aviation Propulsion) é bastante econômico também e utiliza uma tecnologia de alta razão de derivação enquanto a Pratt & Whitney decidiu apostar também no sistema de engrenagens para oferecer um desempenho melhor.
No entanto, o GTF apresentou problemas de confiabilidade e, sobretudo, há dificuldades da própria Pratt & Whitney em atender seus clientes para realizar modificações nos motores afetados.
O reflexo disso é que muitas aeronaves acabam retiradas de serviço à espera de modificações. O problema do GTF afeta também as versões usadas pelo Airbus A220 e pelo Embraer E2.