Após adiamento, foguete sul-coreano é lançado em Alcântara

Veículo HANBIT-TLV da Innospace levou a bordo carga útil desenvolvida no Brasil em voo que durou 4 minutos 33 segundos
O foguete sul-coreano é lançado com sucesso de Alcântara (FAB)

Após ter uma tentativa abortada em dezembro, o foguete HANBIT-TLV foi lançado do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, neste domingo, 19. O veículo da empresa sul-coreana Innospace realizou um voo de 4 minutos e 33 segundos levando a bordo uma carga útil 100% desenvolvida no Brasil, o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), unidade que faz parte do DCTA.

O HANBIT-TLV possui 16,5 metros de altura, pesa 8,4 toneladas e utiliza uma tecnologia híbrida de propulsão à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que proporciona composição química estável, fabricação mais rápida e de menor custo. A Força Aérea Brasileira (FAB) não divulgou qual foi o apogeu do voo (ponto mais alto atingido), mas o foguete sul-coreano é capaz de chegar a 80 a 100 km de altitude.

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“O sucesso deste lançamento binacional, envolvendo o Brasil e a Coreia do Sul, ratifica que o Centro está totalmente apto, tanto do ponto de vista técnico-operacional, quanto do ponto de vista administrativo, para realizar lançamentos de foguetes nacionais e estrangeiros em praticamente quaisquer épocas do ano, com precisão e segurança”, disse o Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, Chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O veículo HANBIT-TLV possui propulsão híbrida e pesa 8,4 toneladas (FAB)

Foi o 500º lançamento realizado em Alcântara, que é celebrado como um dos melhores locais no mundo para esse tipo de atividade, devido a sua proximidade com a linha do Equador.

O governo brasileiro pretente expandir o programa espacial brasileiro não apenas permitindo que empresas estrangeiras atuem no complexo (além da Innospace, a canadense C6 Launch Systems já tem contrato assinado), mas também implantando o Centro Espacial de Alcântara, em uma área mais ampla que a atual.

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