Após Brasil e Colômbia, Saab quer vender o caça Gripen para o Peru

CEO da fabricante sueca afirmou que instalações industriais brasileiras ajudaram decisão a favor da aeronave de combate
Caça Saab Gripen E da FAB
Caça Saab Gripen E da FAB (Lucas Barcat)

O contrato ainda não foi assinado, mas a Saab celebrou o anúncio da seleção do caça Gripen E pela Colômbia na semana passada.

O CEO da empresa sueca, Micael Johansson, esteve no país para participar de uma cerimônia ao lado do presidente Gustavo Petro, quando foi feito o anúncio da escolha da aeronave para substituir os velhos IAI Kfir.

Após vários anos de idas e vidas, o governo colombiano deve encomendar até 24 jatos Gripen E, colocando fim às incertezas quanto à defesa aérea do país.

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Em entrevista, Johansson exaltou a venda de 36 desses Gripen para o Brasil como um fator que ajudou a convencer a Colômbia a preferi-lo em vez do Dassault Rafale e o Lockheed Martin F-16.

Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab, e Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança (Embraer)

Mais do que isso, a existência de uma linha de montagem e da produção de componentes em território brasileiro foram determinantes para garantir uma cadeia de suprimentos para a aeronave.

A Saab tem uma parceria com a Embraer, que participa da montagem de parte da encomenda da Força Aérea Brasileira, feita em suas instalações em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, além de uma subsidiária em São Bernardo do Campo.

Peru é o próximo alvo

O CEO da Saab também revelou que a empresa pretende convencer o Peru a ser o próximo cliente do Gripen. Assim como a Colômbia, a força aérea do país busca um caça mais moderno para, neste caso, substituir jatos russos MiG-29 e Mirage 2000, da Dassault.

Caças russos MiG-29 do Peru (FAP)

No entanto, há um concorrente duro no páreo, a Korea Aerospace Industries (KAI), que tem se aproximado do Peru após contratar a estatal SEMAN para produzir peças do caça KF-21 Boramae.

A Força Aérea Peruana também opera treinadores turboélices KT-1P, da KAI, que foram montados pela SEMAN na década passada.

Não há, contudo, uma previsão sobre uma futura decisão ainda.

 

 

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