Após conversas sobre o C-390, Grécia discute proposta para o rival C-130J Hercules

Segundo CNN, executivos da Lockheed Martin, e oficiais da Força Aérea e do Departamento de Defesa dos EUA estiveram em Atenas recentemente para oferecer turboélice como substituto de antigos Hercules
Turboélice C-130J
Turboélice C-130J (Lockheed Martin)

O Ministério da Defesa da Grécia se reuniu com representantes do governo dos Estados Unidos e da Lockheed Martin para discutir uma proposta para venda de cargueiros militares turboélices C-130J Hercules, afirmou a CNN local.

O encontro ocorre dias depois que o governo grego conversou com a Embraer para avaliar as capacidades do C-390 Millennium, jato de transporte tático rival do C-130J.

Mas, ao contrário da delegação brasileira, o grupo dos EUA incluía membros da Força Aérea e do Departamento de Defesa.

Como se sabe, a venda de armamentos para países estrangeiros é feita por meio do Foreign Military Sales (Vendas Militares para o Exterior), um programa que precisa do aval do Congresso dos EUA.

De acordo com a CNN, a proposta incluíria seis aeronaves novas, que substituíriam os antigos C-130 da Força Aérea Helênica, hoje quase todos fora de serviço.

KC-390 da FAB (FAB)

Qualquer C-390 pode ser utilizado como avião-tanque

A urgência da Grécia em ter uma aeronave de transporte militar é bastante grande já que a atualmente apenas um C-130H e três C-27 estariam disponíveis – o turboélice italiano tem capacidade de carga menor que o C-130J e o C-390.

Membros do Ministério da Defesa da Grécia haviam se reunido com a Embraer em 22 de novembro, segundo a mídia local, que relatou que os militares tiveram uma “impressão muito boa” do jato brasileiro.

O C-390 Millennium é um projeto desenvolvido nos últimos anos a pedido da Força Aérea Brasileira. Entre seus atributos estão a velocidade mais elevada que o Hercules e a capacidade carga, de 26 toneladas contra 21 toneladas do C-130J-30.

C-130H Hercules da Força Aérea Helênica; aeronaves do país sofrem com baixa disponibilidade (PeterBakema/Creative Commons)

Outro aspecto relevante, segundo a Embraer, é que a capacidade de reabastecer outros aviões é nata de todas as aeronaves, sejam os KC-390 ou C-390. Basta para isso instalar os pods de sondas e drogues nas asas, já que qualquer avião é equipado de fábrica com os sistemas para operá-los.

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O KC-130, ao contrário, é uma versão específica do Hercules, e tem de ser encomendado à parte.

O governo dos EUA, no entanto, acenou com o envio de dois C-130 armazenados para suprir a Grécia enquanto as aeronaves novas não ficam prontas. Não há um prazo clara para uma possível decisão.

 

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  1. A Grécia vai comprar o C130 porque tudo gira em torno de propina, ainda mais com o lobby das FA americanas….A Austrália é o exemplo mais claro…..

  2. A Grécia é um país falido está sempre vivendo de empréstimos do FMI e da Alemanha, de certo daria um calote na Embraer.

  3. Patriotismo não é vestir a camisa da seleção. O governo do Brasil (detentor da Golden share) permitiu a venda da Embraer, a principal empresa de tecnologia nacional. A Boeing desistiu da compra devido à crise aérea resultante da pandemia. Os Estado Unidos, ao contrário, se envolvem na venda de produtos e serviços de suas empresas privadas. Patriotismo é isso.

  4. Essa concorrência os EUA já ganhou, a Grécia tem forte dependência na área militar. Nos resta buscar países que possui menor influência americana.

  5. O Estado não tem que fazer avião. A Embraer só é o que é hoje porque não tem o Estado lá dentro. Estado é cabide de emprego.

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