Após frenesi, Airbus só entregou três A321XLR em quatro meses

Aguardado por vários anos após atrasos, o jato A321XLR ainda é uma ‘mosca branca’ nos aeroportos. Após enviar o primeiro jato para a Iberia no final de outubro, a Airbus só entregou outras duas aeronaves a um cliente, a Aer Lingus, em 18 de dezembro passado.

Portanto, há quase dois meses nenhum outro exemplar da aeronave foi enviado a um cliente, apesar de existir uma boa fila para recebê-lo.

Ao menos a frota de três A321XLR tem voado diariamente em rotas para o nordeste dos EUA e Canadá. A Iberia colocou seu único avião, matrícula EC-OIL, na rota Madri-Boston desde novembro.

Com dois jatos, a Aer Lingus tem conseguido usar o A321XLR em mais destinos. As aeronaves se revezam em voos de Dublin para Washington e Boston, nos EUA, e Toronto, no Canadá, além de Londres eventualmente.

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Com 8.700 km de alcance, a versão do A321neo é celebrada como um substituto mais eficiente para os widebodies, graças à capacidade para até 240 passageiros e o custo operacional bem menor.

A Airbus diz ter mais de 500 pedidos do A321XLR de companhias aéreas como American Airlines, Qantas e WizzAir. As três estão entre as próximas a receber a aeronave, mas que depende da certificação de tipo do motor Pratt & Whitney GTF – até aqui apenas os aviões com o turbofan CFM Leap-1 podem voar regularmente.

A despeito do apelo de seu desempenho sem igual, o A321XLR não é uma unanimidade. Para o analista Courtney Miller, CEO da Visual Approach Analytics, o modelo sofre com a concorrência do “irmão” A321LR.

Com uma autonomia também elevada (7.400 km), a variante LR é mais barata e atende a cerca de 85% das rotas que o A321XLR se propõe. A TAP, por exemplo, voa com esse jato para várias cidades no nordeste e norte do Brasil.

Apesar das dificuldades com a cadeia de suprimentos, a Airbus deve conseguir entregar mais A321XLR em 2025 e assim mostrar do que ele é capaz.