Finalmente, após disputas judiciais e até mesmo uma mudança de nome e fabricante, a Delta estreou seu primeiro voo com o novo Airbus A220-100. Com 109 lugares (12 na Primeira Classe, 15 na Econômica Conforto e 82 na Econômica tradicional) o novo jato decolou do Aeroporto de La Guardia, em Nova York, com destino a Boston na noite da quinta-feira, 7 de fevereiro.
“Temos grandes planos para esta aeronave”, afirmou Chuck Imhof, vice-presidente de vendas da Delta. “Será parte integrante de nossa futura frota doméstica e proporcionará uma experiência que nossos clientes aguardarão ansiosamente toda vez que voarem”, concluiu.
O A220-100 da Delta estão equipados com comodidades como tela individual, assentos mais largos e internet a bordo do padrão 2Ku, de alta velocidade. Recentemente, a companhia anunciou um acréscimo de 15 aviões na encomenda original, elevando o total para 90 unidades.
Boeing derrotada
Ex-CS100, o jato foi concebido pela canadense Bombardier que recebeu uma encomenda de 75 aeronaves da Delta em 2016. O negócio incomodou a gigante Boeing que tentava vender o 737 MAX 7, um avião de maior porte e mais caro que seu rival.
A fabricante norte-americana acabou apelando para a Comissão Internacional de Comércio dos EUA alegando que a Bombardier oferecia seus aviões com enormes descontos por conta de subsídios do governo canadense e que portanto a concorrência era desleal.
Apenas em janeiro de 2018 a comissão decidiu de forma unânime em favor da Bombardier, viabilizando o negócio. A Delta então recebeu seus primeiros A220-100 em outubro do ano passado, já das mãos da Airbus, que adquiriu 51% do programa da fabricante canadense.
Para evitar possíveis ações contra o jato, a Airbus decidiu fabricar parte dos A220 nos Estados Unidos, em sua unidade de Mobile, no Alabama.
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