Após três anos, Lufthansa retoma voo entre São Paulo e Munique

Rota havia sido suspensa em outubro de 2016 no auge da crise econômica e retorna com aeronaves A350, mais modernas
A Lufthansa voltou a voar de Munique para São Paulo, agora com aeronaves A350 (Aeroporto de Munique)
A Lufthansa voltou a voar de Munique para São Paulo, agora com aeronaves A350 (Aeroporto de Munique)

Pousou em Guarulhos nesta terça-feira (03) o voo LH504, da Lufthansa, procedente de Munique, na Alemanha. Trata-se da retomada da rota entre a capital paulista e a famosa cidade da Bavária e que havia sido interrompida em outubro de 2016 – portanto, há pouco mais de três anos. Desta vez, a companhia aérea alemã passou a utilizar o novo birreator Airbus A350-900 que substituiu o quadrimotor A340-600 usado até antes da suspensão do voo.

Diferentemente da primeira fase, quando os voos eram diários, agora a ligação entre São Paulo e Munique será realizada apenas três vezes por semana. Configurado para transportar 293 passageiros em três classes (48 na executiva, 21 na econômica premium e 223 na econômica), o A350 decola de São Paulo às terças, sextas e domingos às 18h, com pouso em Munique na manhã seguinte, às 9h35. Já os voos de retorno partem da capital da Bavária às segundas, quintas e sábados às 22h30, com chegada em São Paulo prevista às 07h55 do dia seguinte.

“Estamos honrados em conectar São Paulo ao nosso hub premium em Munique novamente. É a primeira vez que a Lufthansa utiliza o Airbus 350-900, a mais moderna e sustentável aeronave de longa distância no mundo, em voos para a América do Sul”, afirmou Markus Binkert, vice-presidente de marketing e responsável pelo hub da Lufthansa em Munique.

Com 15 unidades na sua frota atualmente, a Lufthansa estreia seu jato avançado no Brasil, modelo que é parte do programa de modernização que a companhia tem colocado em prática nos últimos anos e que inclui outros aviões como o Boeing 787 e o novo 777X. É justamente pelo fato de ser bem mais eficiente que os quadrimotores que a rota para Munique voltou a ser possível – claro que ajudada pela leve melhora da economia brasileira nesse período.

Maior concentração de empresas alemãs no mundo

Curiosamente, a Lufthansa citou a quantidade de empresas alemãs com sede no estado de São Paulo como motivo da ligação. Trata-se da maior concentração fora da Alemanha: são 900 companhias e mais de 1.200 em todo o Brasil. No entanto, nesse hiato de três anos esse fator não parece ter sido suficiente para manter a rota.

Segundo hub mais importante da Lufthansa, Munique possui boa conectividade com outros destinos na Europa, além de ser um aeroporto mais moderno que Frankfurt. O interesse em voar para a cidade também havia sido demonstrado pela LATAM, que chegou a anunciar o início de seus voos em junho, mas acabou cancelando a rota antes disso. Na época, a companhia alegou excesso de oferta para a Europa, mas também dificuldades com a legislação brasileira que exige uma área de descanso para a tripulação em seus Boeing 767-300 em voos de longo alcance.

A nova rota entre Alemanha e o Brasil chega em um momento em que o país acaba de perder voos com a saída de cena da Condor, companhia aérea que atendia uma demanda voltada para o turismo e que voava para cidades no Nordeste. Afetada pela falência da Thomas Cook, sua principal acionaista, a empresa suspendeu seus voos em setembro.

Airbus A340-600 da Lufthansa em Munique: voo suspenso temporiaramente
Airbus A340-600 da Lufthansa em Munique: voo foi suspenso em outubro de 2016

Veja também: Lufthansa vai aposentar seus últimos MD-11 em 2020

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