Um novo plano estratégico defesa da Arábia Saudita para a próxima década envolve a aquisição de um novo vetor para sua força aérea e este seria o caça turco TAI KAAN, um avião de combate de quinta geração com características furtivas.
Haluk Görgün, secretário da Agência da Indústria de Defesa da Turquia (SSB), recebeu no final de dezembro Khaled bin Hussein Al-Biyari, Vice-Ministro da Defesa Saudita, que foi até a Turquia para iniciar as negociações sobre a aquisição de pelo menos 100 aeronaves.
As conversas em Istambul duraram três dias e envolveram ainda Turki bin Bandar Al Saud, Comandante da Força Aérea Saudita, bem como Feyyaz bin Hamid er-Ruveyli, chefe do Estado-Maior da Arábia Saudita, que chegou a ir até Ancara tratar do assunto.
Todavia, os sauditas não foram até a Turquia apenas negociar uma grande compra de caças, mas também para estabelecer uma cooperação de longo prazo para a construção de navios de guerra, sistemas de armas complexas, como mísseis, além de radares de vigilância.
TAI TF Kaan
Conhecido como TF Kaan, o caça da Turkish Aerospace Industries (TAI) é uma aeronave furtiva (stealth) de quinta geração para superioridade aérea, que impressiona não só por suas formas, mas também pelo tamanho e capacidades avançadas.
Desenvolvido a partir de 2016, o TAI Kaan voou pela primeira vez em 21 de fevereiro de 2024, indicando um impressionante progresso turco no desenvolvimento de aviões complexos. O objetivo de Ancara é que o novo caça seja seu vetor de superioridade aérea até o final da década.
Com participação da BAE Systems e Rolls Royce no desenvolvimento dos motores, o Kaan consumiu até agora US$ 1,18 bilhão em desenvolvimento, um valor bem aceitável para se chegar a um caça de quinta geração com seus atributos.
Para a Turquia, o Kaan representa maior independência dos EUA, já que o principal caça do país é atualmente o Boeing F-15, porém, com restrições de operações devido ao acordo com Washington.
Já para a Arábia Saudita, o TF Kaan também adiciona maior independência em relação ao ocidente, tradicional fornecedor de caça para o país. Detalhes sobre as conversas não foram revelados, não tendo sido divulgado o valor do contrato e nem se os sauditas poderiam montar os caças em seu país.