A Arábia Saudita pode quebrar uma tradição e encomendar pela primeira vez caças franceses. É o que afirma o jornal La Tribune, que revelou que o reino solicitou uma proposta para aquisição de 54 caças Rafale.
De acordo com o jornal francês, a Dassault tem até o dia 10 de novembro para formalizar uma proposta.
Atualmente, a Real Força Aérea da Arábia Saudita opera caças Boeing F-15 Eagle, fornecido pelos Estados Unidos, e Eurofighter Typhoon, fabricados pela Airbus.
Além disso, o governo saudita adquiriu o jatos de ataque Panavia Tornado e que foram recebidos ainda na década de 80.
Sucesso tardio
O Rafale tem conseguido obter vários pedidos nos últimos anos, sobretudo no Oriente Médio, onde a aeronave supersônica já foi encomendada pelo Egito (que adquiriu 54 aviões em dois lotes), no Catar (36 jatos), e nos Emirados dos Árabes Unidos que em dezembro de 2021 encomendaram 80 caças.
Um possível acordo entre franceses e sauditas, no entanto, depende de algumas possibilidades políticas. O tradicional bom relacionamento entre os governos da Arábia Saudita e dos EUA poderia ser um empecilho.
Outra possibilidade é uma mudança de postura da Alemanha, que barrou um segundo lote de Typhoons no passado por conta da polêmica morte de um jornalista crítico à monarquia da Arábia Saudita.
No entanto, a atual situação no Oriente Médio, após o ataque do grupo palestino Hamas a Israel, poderia influenciar numa possível revisão do governo alemão a respeito dos caças Eurofighter, segundo o La Tribune.
Se acabar encomendando o Rafale, a Força Aérea Saudita repetirá uma situação existente no Catar, onde o caça da Dassault voa ao lado de F-15 e Typhoon novos.