Arábia Saudita pode se juntar a projeto de caça avançado da Europa

Programa GCAP, que reúne o Reino Unido, Itália e Japão, desenvolve aeronave de 6ª geração que entrará em serviço em meados da década de 2030
Caça de 6ª geração que o Reino Unido, Itália e Japão desenvolvem juntos
Caça de 6ª geração que o Reino Unido, Itália e Japão desenvolvem juntos

O programa GCAP, criado por Reino Unido, Itália e Japão para desenvolver um caça de 6ª geração, pode ganhar um novo parceiro, a Arábia Saudita.

O país do Oriente Médio foi apontado com um possível integrante do Global Combat Air Programme, segundo disse Antonio Tajari, Ministro das Relações Exteriores da Itália.

O acordo que temos com a Grã-Bretanha e o Japão… acho que agora será estendido à Arábia Saudita”, disse Tajari, segundo a Reuters.

A expansão do número de nações envolvidas com o programa não surpreende já que os três sócios discutiram a possibilidade no início de novembro.

Eurofighters sauditas (RSAF)
Eurofighters sauditas (RSAF)

Orçado em bilhões de euros, o GCAP só deverá entrar em serviço em meados de 2030 e substituir caças como o Boeing F-15 e o Eurofighter Typhoon.

Ou seja, com mais sócios, o custo será diluído e ao mesmo tempo haverá mais aviões a serem produzidos.

Expansão industrial

A Arábia Saudita tem buscado ampliar a frota de caças de sua força aérea e tentou recentemente encomendar mais jatos Typhoon, mas a Alemanha, uma das sócias do programa dos anos 80, inicialmente barrou a tentativa.

O governo do reino árabe tem lançado um ambicioso projeto de industrialização no país para diminuir a dependência do petróleo. Investimentos em defesa estão entre os principais focos perseguidos.

GCAP deve dar origem a um novo caça em 2035
GCAP deve dar origem a um novo caça em 2035

O GCAP foi lançado em 2022 após o Reino Unido ter iniciado os estudos para um caça avançado furtivo, o Tempest. Logo a Itália e o Japão também demonstraram interesse em dividir a responsabilidade pelo programa, que será liderado pela BAE Systems, Leonardo e Mitsubishi.

A Suécia chegou a participar por algum tempo dos estudos, mas preferiu não seguir em frente.

França, Alemanha e Espanha levaram a frente um projeto próprio, o Future Combat Air System (FCAS), que deve ganhar a companhia da Bélgica em 2025.

 

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