Entre as décadas de 1970 e 1980, o Kfir foi o principal caça de Israel (IAF)
O governo deveria ter assinado nesta quarta-feira (11) o contrato de compra de caças IAI Kfir “de segunda mão” com Israel, mas o acordo foi cancelado. “Não vamos assinar o contrato. Deixaremos tudo preparado para a decisão do próximo presidente”, informou Auguntín Rossi, Ministro da Defesa da Argentina, a rádio Continental.
A compra de 14 aeronaves usadas e suprimentos para operar por cinco, avaliada em US$ 360 milhões, foi muito criticada na Argentina, especialmente por entrar na agenda em tempos de eleição. Pela primeira vez naquele país, as eleições foram para o segundo turno e Daniel Scioli, em teoria herdeiro do “kirchnerismo”, no poder desde 2003, não deve vencer a disputa.
A compra imediata dos caças exigiria uma mudança em artigos de leis argentinas, uma vez que o valor negociado já superava o orçamento anual da forças armadas. “É impossível abrir uma licitação para um caso assim. Seria uma compra direta, de país para país”, contou Augustín.
Com a aposentadoria dos antigos Mirage 5 neste ano, a Fuerza Aérea Argentina ficou sem caças supersônicos. O atual “defensor” dos ceús do país é o veterano McDonnell Douglas A-4, aeronave subsônica e menos preparada para missões de interceptação aérea. “Temos dois anos de pesquisas e trabalhos sobre substitutos para os Mirage. Deixaremos tudo a disposição do próximo presidente”, finalizou o ministro.
O segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, entre Daniel Scioli e o candidato da oposição, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, será no dia 22 de novembro.
Veja mais: O Brasil pode deter os países vizinhos pelos céus?
Acho que o Brasil poderia vender alguns A 4 que sobraram e vender o pacote de atualizações.