Argentina assina pré-acordo para compra de 24 caças F-16 da Dinamarca

Ministros da Defesa dos dois países se reuniram em Buenos Aires em 26 de março para oficializar interesse argentino nos jatos de combate. Assinatura de contrato deverá ocorrer nos próximos meses
Caças F-16 da Dinamarca
Caças F-16 da Dinamarca (RDAF)

A Argentina oficializou a escolha do caça F-16 após assinar uma Carta de Intenção com a Dinamarca para a aquisição de 24 jatos.

O acordo é aguardado há meses após os Estados Unidos terem aprovado o repasse dos jatos de combate de segunda mão para o país sul-americano.

A Carta de Intenção foi assinada pelos ministros da Defesa da Argentina, Luis Petri, e da Dinamarca, Troels Lund Poulsen, em Buenos Aires no dia 26 de março.

A visita do ministro dinamarquês sugeria que o contrato de aquisição poderia ser assinado durante a semana, mas o governo da Argentina afirmou que isso deverá ocorrer nos próximos meses.

Caça Mirage III da Força Aérea Argentina
O Mirage III era o principal caça da Argentina; jatos eram veteranos da Guerra das Malvinas (Chris Lofting/CC)

A carta, no entanto, oficializa a escolha da aeronave da Lockheed Martin para substituir os Dassault Mirage III aposentados em 2015 e que deixou a Força Aérea Argentina sem um caça de defesa aérea.

A Dinamarca retirou seus F-16A/B MLU de serviço após receber o caça de 5ª geração F-35A Lightning II. A Real Força Aérea Dinamarquesa teria 33 aeronaves em seu estoque, mas também pretende repassar alguns F-16 para a Ucrânia.

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Junto aos caças, a Argentina deverá receber mísseis AIM-9 Sidewinder, AIM-120 AMRAAM, bombas guiadas JDAM, entre outros armamentos.

Os caças F-16 deverão ficar baseados na VI Brigada Aérea de Tandil, segundo o site Zona Militar.

O leque de armamentos do JF-17 tem um míssil antirradiação brasileiro, o MAR-1 (Eric Salard)
Caça JF-17 Thunder III (Eric Salard)

Da China para os Estados Unidos

A concorrência da Força Aérea Argentina por um novo caça multifunção tem levado muito tempo e passado por idas e vindas.

Sem recursos financeiros, a Argentina tentou encontrar um caça leve mais barato como os FA-50 sul-coreanos, mas as sanções do Reino Unido que impedem a venda de aeronaves com conteúdo de empresas britânicas frustraram alguns acordos.

O governo argentino então intensificou conversas com a China, que ofereceu o caça JF-17 Thunder III, produzido em parceria com o Paquistão.

Além dele, também a Índia, com seu caça local Tejas, e a Rússia com o MiG-35 participaram das primeiras rodadas de conversas.

Caça mais cotado a vencer a disputa, o JF-17 acabou suplantado pelo F-16 após iniciativas do governo dos EUA para reduzir a influência da China na América do Sul.

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