Argentina encerra hiato de uma década e voltará ter um caça genuíno

País assinou nesta terça-feira contrato de aquisição de 24 jatos F-16A/B MLU pertencentes à Dinamarca
Assiantura do contrato de compra de 24 caças F-16 pela Argentina
Assinatura do contrato de compra de 24 caças F-16 pela Argentina

A Força Aérea Argentina deverá encerrar em breve um hiato de uma década em que não teve um caça supersônico em sua frota. Na terça-feira, 16 de abril, o Ministro da Defesa do país, Luis Petri, assinou um acordo de aquisição de 24 caças F-16 pertencentes à Dinamarca em cerimônia realizada em Copenhague.

A cerimônia ocorre após idas e vindas sobre a escolha de um substituto para os caças Dassault Mirage III que foram aposentados em 2015. Desde então, a Força Aérea improvisou jatos subsônicos de ataque A-4 em missões de defesa aérea.

O pacote assinado com o governo dinamarquês inclui não apenas aeronaves de um e dois assentos, mas também armamentos, suporte e quatro simuladores de voo.

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A Argentina não revelou quando os F-16 começarão a ser entregues, mas a Real Força Aérea Dinamarquesa pintou uma das aeronaves com emblemas e identificação no padrão do país sul-americano.

A Argentina terá 24 caças F-16A/B MLU
A Argentina terá 24 caças F-16A/B MLU

“Hoje estamos concluindo a mais importante aquisição aeronáutica militar desde 1983. São 24 aeronaves F-16 que foram modernizadas e equipadas com a melhor tecnologia, e que hoje estão no nível das melhores aeronaves que voam nos céus do região da América do Sul e do mundo”, disse Petri.

O F-16 de segunda mão da Dinamarca passou a ser a aeronave mais provável de ser adquirida pela Argentina ainda no governo anterior, do esquerdista Alberto Fernandez.

Luis Petri, Ministro da Defesa da Argentina, a bordo do F-16
Luis Petri, Ministro da Defesa da Argentina, a bordo do F-16

Até então, o jato sino-paquistanês JF-17 Thunder III era apontado como o preferido da Força Aérea Argentina. Aeronave nova e barata, o caça produzido pela Chengdu e pela PAC parecia a solução perfeita já que não incluía componentes britânicos, que são vetados pelo Reino Unido.

A administração Joe Biden, no entanto, decidiu oferecer a chance de contar com F-16 de segunda mão, aeronave que embora mais antigas que seus concorrentes, são comprovadas em combate.

A eleição de Javier Milei para presidente argentino facilitou a negociação já que o ultradireitista reaproximou o país dos Estados Unidos.

Com os F-16, a Argentina ficará mais em linha com seus vizinhos que contam com o próprio caça da Lockheed Martin (Chile) e Brasil, que encomendou 36 Saab Gripen E/F.

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