Argentina se prepara para receber “novos” caças

País adquiriu cinco caças navais Super Étendard usados da França por US$ 12,5 milhões
A Marinha da Argentina é o último operador do caça naval Super Étendard (Armada)
Fim da linha para o Super Étendard na Argentina: país foi o último operador do jato francês (Armada)
Mesmo sem um porta-aviões, a Argentina decidiu reforçar sua força aérea com caças navais
Mesmo sem um porta-aviões, a Argentina decidiu reforçar seu espaço aéreo com caças navais

A aviação militar argentina vai ganhar um importante reforço no próximo mês. Nesta semana, um navio de carga transportando cinco caças Super Étendards partiu da França em direção ao porto de Bahia Blanca, na Argentina, onde está programado para atracar no próximo dia 10 de maio.

Uma imagem dos caças envoltos em plástico a bordo da embarcação foi divulgada pelo Comando de Aviação Naval da Argentina. A corporação ainda informou que o lote acompanha 33 caixas com peças sobressalentes para as aeronaves,que serão operadas pela marinha argentina.

A compra dos caças foi anunciada pelo governo da Argentina em janeiro de 2018 durante uma visita do presidente argentino Mauricio Macri a Paris. Os aviões são da série Super Étendard Modernisé, a versão mais recente do veterano jato naval projetado pela Dassault, e foram operados pela marinha da França até 2016 embarcados no porta-aviões Charles de Gaulle.

Além dos Super Étendard e peças de reposição, a Argentina também adquiriu oito motores reservas para os caças e um simulador de voo. A França negociou o pacote por US$ 12,5 milhões.

(COAN)
Os caças foram “embalados” e estão a caminho da Argentina de navio (COAN)

Veterano da Guerra das Malvinas

A Argentina é atualmente o único país do mundo que usa o Super Étendard. Ou voltará a usá-lo. Com a deterioração da situação econômica argentina nos últimos anos, o país não conseguiu manter ativa a Escuadrilla Aeronaval de Caza y Ataque, divisão da marinha argentina que operava os caças.

Os Super Étendard com as cores da Armada Argentina ganharam notoriedade durante a Guerra das Malvinas, em 1982, quando atacaram com sucesso navios britânicos com mísseis AM39 Exocet. A frota do país contava com 14 caças, entregues pela França a partir de 1979.

O registro mais recente da marinha argentina sobre a disponibilidade das aeronaves foi divulgado em 2014. Nessa época, foi declarado que nove Super Étendard estavam armazenados, um era usado como estrutura de instrução em solo, quatro unidades foram eliminadas (três em acidentes) e apenas um modelo era reportado como ativo, provavelmente já fora de serviço.

(Poder Naval)
Um Super Étendard decolando e outro no convés de voo do antigo porta-aviões argentino 25 de Mayo (Poder Naval)

A aquisição de caças navais para uma marinha que não dispõe de um porta-aviões foi questionada na Argentina, sobretudo pela falta de recursos para a força aérea do país.

A exemplo dos franceses, a marinha da Argentina também operou seus Super Étendard embarcados em um porta-avião. Os caças foram usados no antigo navio aeródromo do país, o ARA 25 de Mayo, desativado em 1997.

Os últimos caças Mirage III da força aérea argentina, também veteranos das Malvinas, foram aposentados em 2015 e não tem substitutos. A frota de jatos de combate da Argentina hoje é composta por um pequeno número de jatos Pampa, fabricados localmente, e antigos A-4 Skyhawk.

Veja mais: Embraer inicia modernização de último AF-1 da marinha

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  1. Talvez para repor perdas e dar um ânimo na Força. Infelizmente a situação econômica da Argentina não lhes dão muita opção.

  2. Olá a todos..com o país passando fome e em crise ..como pode o presidente comprar caças.. nem em queres estao……agora o povo argentino pode falar que são uma potência… em máfia… perdendo só para o Brasil….o número 1

  3. Senhores, alguém tem poder de explicar essa enigma. Pq Buenos Aires da fôlego aviação aeronaval, e mantém a FAA no purgatório?Os SEM estão mais aptos na marinha ( por serem ainda operacionais e os navais já estão famialisados ) e teria dupla função patrulhamento no mar e superioridade aérea.
    Então a Marinha de fato passa a ter funções defesa aérea nacional.

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