Dois caças F-15EX Eagle II realizaram recentemente testes de lançamento de mísseis a partir de suas novas estações de armas. A prova, executada no espaço aéreo do Golfo do México, foi o primeiro ensaio das capacidades ofensivas da nova variante do jato de combate da Boeing.
Comandados por pilotos da 96º ala de teste da Força Aérea dos EUA (USAF), os caças dispararam um míssil ar-ar de médio alcance AIM-120 da chamada “Estação 1” e um míssil ar-ar de curto alcance AIM-9X da “Estação 9” contra drones alvos, informou a USAF.
“Estou muito orgulhoso de fazer parte deste marco para o programa F-15EX para fornecer maior capacidade de carga útil às forças aéreas de combate”, disse o major Jeremy Schnurbusch, piloto do F-15EX que disparou o míssil AIM-9X.
As novas estações de armas do F-15EX, que comporta até 12 mísseis ar-ar (ante 8 mísseis do F-15C), é um das diversas atualizações presentes na nova versão do Eagle. Outras atualizações incluídas na aeronave são o novo sistema de guerra eletrônica Eagle Passive/Active Warning and Survivability System, cockpit digital, computador de missão ADCP-II da Honeywell com maior capacidade de processamento e comandos de voo totalmente eletrônicos (full fly-by-wire). O caça reformulado também é projetado para disparar armas hipersônicas.
“O F-15EX é uma adição incrível ao inventário da USAF. Este evento, executado por uma equipe de alto nível de pilotos de teste, engenheiros e especialistas, prova mais uma vez que o F-15EX estará pronto se, e quando, nossos adversários desafiarem os interesses de nossa nação”, celebrou o tenente-coronel Christopher Wee, Comandante da Força de Teste Combinada do Programa de Voo Operacional da USAF.
A sobrevida ao F-15 mostra que a USAF ainda vai continuar voando por muitos anos com lendário caça projetado pela McDonnell Douglas (absorvida pela Boeing em 1997), mesmo com o advento dos caças furtivos de quinta geração, como os modelos F-22 e F-35 operados nos EUA. O Eagle é operado pela força aérea dos EUA desde 1976 e tem uma longa ficha de combate.
Em janeiro de 2021, a USAF concedeu à Boeing um contrato histórico que pode render até US$ 23 bilhões ao fabricante por uma “quantidade indeterminada (de caças F-15-EX) e de entrega indefinida”. A entrada em serviço do Eagle II nos EUA é prevista para este ano.