Telescópio com asas
Meio termo entre um observatório espacial terrestre e o telescópio Hubble, o 747 SOFIA da agência espacial americana NASA é uma das versões mais tecnológicas do quadrimotor da Boeing. O nome da aeronave é uma sigla para uma longa descrição em inglês: Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha).
A aeronave foi desenvolvida pela NASA em parceria com a agência espacial da Alemanha (DLR). O (ou A) SOFIA é um 747 SP fabricado em 1977 e usado no passado pelas companhias Pan Am e United Airlines. Aposentado em 1995, o jato ficou armazenado no deserto em Las Vegas e dois anos depois foi repassado a frota da NASA, que iniciou sua complexa modificação.
O 747 SOFIA carrega um telescópio infravermelho com um espelho de 2,5 metros de diâmetro. As observações aéreas são realizadas a 41.000 pés de altitude (12.000 metros), momento em que é aberta uma grande porta no lado esquerdo da fuselagem do avião, expondo o telescópio.
Segundo a explicação da NASA, os principais objetivos científicos do SOFIA são estudar a composição de atmosferas e superfícies planetárias; investigar a estrutura, evolução e composição dos cometas; determinar a física e química do meio interestelar; e explorar a formação de estrelas e outros objetos estelares.
A descoberta mais notável realizada pelo SOFIA foi a detecção de “oxigênio atômico” (átomos de oxigênio) na atmosfera de Marte, em 2016. A aeronave também já colheu dados sobre a atmosfera de Plutão. O 747 SOFIA é o sucessor do Kuiper Airborne Observatory, que era baseado em um antigo cargueiro militar Lockheed C-141 Starlifter.
Acho que há um erro sobre o Dreamlifter ao dizer que ele carrega mais de 100 mil toneladas!!!