Aeronave mais icônica da aviação comercial, o Boeing 747 inaugurou uma nova era no transporte aéreo quando entrou em serviço em 1970. Era o avião com o maior alcance do mercado e com uma capacidade impressionante para transportar centenas de passageiros ou milhares de toneladas de carga.
Todo esse porte avantajado e desempenho sem igual também fizeram do clássico “Jumbo” a plataforma ideal para uma série de outras funções na aviação civil e militar. Utilizado em uma diversidade de tarefas, variando entre o máximo do excêntrico ao super tecnológico, o 747 ainda segue se reinventando e nos próximos anos vai revelar novas faces.
Conheça a seguir algumas das diferentes versões do 747 que foram criadas nesses quase 50 anos de história do avião mais famoso da Boeing.
“Baby Jumbo”
A primeira geração do Boeing 747, o modelo -100, chegou ao mercado nos anos 1970 oferecendo uma autonomia avassaladora para época. A aeronave era capaz de percorrer 10.800 km, o suficiente para cruzar oceanos com tranquilidade. No entanto, para algumas companhia aéreas esse alcance soberbo para a época ainda não era o bastante, o que levou os engenheiros da fabricante americana de volta às pranchetas.
Empresas como a Pan Am e Iran Air pediam um avião com o dobro da autonomia do 747-100. Para alcançar esse objetivo, a Boeing cogitou criar uma aeronave totalmente nova, mas os custos seriam proibitivos. A solução mais eficiente foi reprojetar o 747. A aeronave ficou mais leve, mas transportava mais combustível (exatas 13,2 toneladas a mais que o 747-100). Nascia assim o 747 SP, de “Special Performance” (Performance Especial), com capacidade entre 230 e 400 passageiros.
O 747 SP voou pela primeira vez em 1975 e no ano seguinte já estava em serviço na aviação comercial. O novo modelo era a cara do primeiro 747, mas com algumas diferenças notáveis (ou medonhas…). O modelo era 30 toneladas mais leve, “regime” forçado pela Boeing ao ceifar 16 metros de comprimento da fuselagem. Essa mudança reduziu a característica “corcunda” do Jumbo e aumentou significativamente o tamanho do leme de direção, fazendo deste o 747 mais alto de todos os tempos, com 20 metros de altura.
A Boeing, porém, não conseguiu atender plenamente o pedido pela super autonomia que as companhias pediam, mas trouxe ao mercado uma aeronave com um alcance impressionante e inédito para época: 12.320 km. Era o suficiente para voar, sem paradas, de Joanesburgo, na África do Sul, até Nova York, nos EUA, em cerca de 17 horas.
Como era um avião muito específico, a taxa de produção do 747 SP foi a mais baixa de todos os 747. Ao todo, foram fabricadas apenas 45 unidades do “Baby Jumbo”, como foi carinhosamente apelidada a aeronave. Alguns exemplares ainda seguem em operação, principalmente convertidos em aeronaves de transporte de chefes de estado, como os reis da Arábia Saudita e Omã.
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Acho que há um erro sobre o Dreamlifter ao dizer que ele carrega mais de 100 mil toneladas!!!