A Boeing obteve a aprovação pelo FAA (Federal Aviation Administration, órgão que controla a aviação civil nos EUA) do sistema de pontas de asas dobráveis que equiparão o novo 777X, versão avançada do birreator widebody. A solução, que lembra a adotada por caças embarcados, prevê que as chamadas wingtips sejam erguidas no solo durante o táxi e estacionamento da aeronave no pátio e na ponte de embarque.
Com isso, a Boeing espera evitar o problema existente no A380 cuja envergadura de 80 metros limita sua atuação em alguns aeroportos. No caso do 777X, sua envergadura aumentará de 61 para 72 metros, mas a adoção do recurso a reduzirá para 65 quando retraída.
Para aprovar o sistema, o FAA exigiu várias medidas de segurança como um mecanismo de trava que impeça que as pontas se retraiam em voo e diversos níveis de alerta para que os pilotos tenham certeza que o dispositivo está na posição correta. A Boeing terá de provar ainda que o sistema é à prova de destravamentos acidentais e que é capaz de suportar cargas elevadas em voo além de ventos de até 120 quilômetros por hora.
Em vez de alumínio, a fabricante americana optou por construir as pontas das asas em material composto de fibra de carbono. A primeira asa do 777X, inclusive, já está sendo fabricada em Seattle. As versões 777-8 e 777-9 devem entrar em serviço a partir de 2020.
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