A COMAC, fabricante estatal de jatos comerciais, tem conversado com representantes da Arábia Saudita de olho em uma possível expansão internacional dos seus negócios, revelou a Reuters.
Trata-se de uma aproximação semelhante à feita pela Embraer, mas em um estágio ainda inicial. A fabricante de aviões do Brasil está há mais tempo em conversas no país e até estabeleceu memorandos de entendimento com grupos locais.
A ideia da Embraer é abrir uma linha de montagem e de suporte para aeronaves como o C-390 Millennium e a família de jatos comerciais E2. Já a COMAC por enquanto diz querer “contribuir para o desenvolvimento do transporte aéreo na Arábia Saudita”, disse seu principal executivo.
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CEO da COMAC, Dongfeng He esteve no país do Oriente Médio durante o Forúm do Futuro da Aviação, que é realizado em Riad nesta semana.
A visita ocorre após uma delegação saudita ter conhecido as instalações da COMAC em Xangai em fevereiro.
Segundo a Reuters, o Grupo Saudia, que controla as empresas aéreas Saudia e flyadeal, teria convidado a COMAC a estabelcer uma linha de montagem em Jeddah.
A Saudia também estaria avaliando o jato C919, equivalente chinês ao Boeing 737 e ao Airbus A320neo, que o grupo acaba de encomendar.
Jatos chineses sem aval no exterior ainda
A Arábia Saudita está em meio ao plano “Visão 2030”, que prevê uma série de ações para reduzir a dependência do petróleo ao diversificar a economia do país.
As aeronaves da COMAC, no entanto, estão em um estágio muito inicial quanto à aprovações para que operem em mercados ocidentais.
Enquanto os jatos regionais ARJ21 possuem uma frota relevante na China, há apenas um operador externo, a TransNusa, da Indonésia. Já o C919 possui apenas cinco aeronaves em serviço com a China Eastern Airlines.