A fabricante de aviões turboélices regionais ATR afirmou ao site Flight Global que pode iniciar o desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão de poluentes a partir de 2021. A empresa, sociedade entre a Airbus e a Leonardo, afirmou que aguarda decisão das suas controladoras para começar os estudos.
Stefano Bortoli, CEO da empresa, disse também que as aeronaves ATR 42 e 72 são plataformas ideiais para testarem novas tecnologias, mas preferiu deixar claro que a preferência pelo uso do hidrogênio revelada pela Airbus não significa ser esse o único caminho.
Para o executivo, a tecnologia de propulsão híbrida-elétrica seria a mais promissora, mas crê ser muito cedo para determinar qual o melhor combustível para ser usado nessas aeronaves.
Propulsão a hidrogênio
Embora seja sediada em Toulouse, ao lado da Airbus, a ATR é uma joint venture com participação de 50% da italiana Leonardo. Embora o governo francês tenha anunciado em junho planos para apoiar um avião regional descarbonizado em 2035, a medida não implica em seguir o que a Airbus determinar.
A gigante do setor aeroespacial revelou na semana passada três conceitos de aeronaves propulsionadas por motores a hidrogênio, incluindo um turboélice de formas parecidas com o ATR.
Segundo a Airbus, o combustível seria a tecnologia mais promissora para reduzir as emissões já que a evolução das baterias não permitiria um desempenho adequado com o uso de eletricidade.
A ATR é hoje líder no mercado de aviões turboélices regionais, mas pode ganhar novos competidores como a brasileira Embraer, que estuda uma aeronave de até 100 lugares.