ATR fará mudança importante em aviões similares ao do acidente da VoePass

Agência europeia de aviação civil emitiu nova diretiva que envolve inspeções em equipamentos do sistema de degelo do turboélice. Aeronave da companhia aérea brasileira caiu em agosto passado
O ATR 72 da VoePass que caiu em 9 de agosto (IndiaEcho/CC)
O ATR 72 da VoePass que caiu em 9 de agosto (IndiaEcho/CC)

A EASA (Agência de Segurança na Aviação da União Europeia) emitiu uma no Diretiva de Aeronavegabilidade para aeronaves turboélices ATR em 10 de janeiro em que determina a redução de tempo de inspeções em dois equipamentos, o Regulador de Pressão e a Válvula de Fechamento (PRSOV), ambos ligados ao sistema de degelo.

Segundo a autoridade, os intervalos de checagem ocorrerão entre 650 e 1050 horas de voo, dependendo da versão, segundo recomendação da fabricante.

A razão para a mudança envolve a “condição de falha latente”, que associada à presença de gelo, “poderia resultar em perda de controle do avião.”

A nova diretiva entrará em vigor a partir de 24 de janeiro e inclui três grupos de aeronaves.

A diretiva envolve vários modelos do ATR (Silk Avia)

No primeiro grupo estão todos os modelos ATR 42-200, ATR 42-300 e ATR 42-320 em atividade e cujo intervalo passou a ser de 650 horas.

Já no segundo estão as variantes ATR 42-400, ATR 42-500 e o ATR 72 que não passaram por uma modificação feita pela fabricante. Nesse caso, o intervalo passará a ser de 700 horas.

As mesmas aeronaves do grupo dois mas que receberam a atualização terão intervalos mais longos de inspeção, de 1.050 horas.

Acidente com ATR 72-500 em agosto no Brasil

A Diretiva de Aeronavegabilidade não cita, mas a mudança proposta pode ser uma reação ao acidente com um ATR 72-500 da VoePass em 9 de agosto de 2024 no Brasil.

Imagem do local da queda do ATR 72 da VoePass

A aeronave de registro PS-VPB fazia um voo entre as cidades de Cascavel e São Paulo quando perdeu o controle durante a aproximação quando sobrevoava a região de Vinhedo (SP).

O ATR 72 entrou em parafuso chato e caiu sobre uma área residencial, vitimando os 62 ocupantes.

As condições meteorológicas no momento eram de formação de gelo onde o avião voava. Um documento preliminar do Cenipa revelou que equipamentos de degelo do ATR 72 falharam durante o voo. O relatório final com as causas do acidente ainda não tem data para ser publicado.

 

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