A Stratolaunch realizou nesta quarta-feira (04) o 5º voo do Roc, atual maior aeronave em condições de voo no mundo. O imenso avião de seis motores e duas fuselagens decolou do Mojave Air and Space Port para ficar no ar por quase 5 horas e atingir a altitude de 6.858 m.
O teste serviu para avaliar um novo pilone instalado na asa central da aeronave e que será usado para transportar os veículos não-tripulados hipersônicos Talon-A. A estrutura é composta por uma mini-asa e adaptador que é construído com revestimentos de alumínio e fibra de carbono, explicou a empresa.
“O pilone é um componente crucial do nosso sistema de lançamento combinado e estou orgulhoso do trabalho de integração oportuno e de qualidade da equipe que ocorreu desde nosso último voo de teste. É por meio de sua dedicação que continuamos a progredir constantemente para alcançar nossos próximos marcos de testes e realizar o primeiro voo do Talon-A ainda este ano”, disse o Dr. Zachary Krevor, CEO e presidente da Stratolaunch.
O Talon A é um veículo propulsionado por foguetes e lançado do ar. Ele será usado como bancada de testes para tecnologias e equipamentos necessários para voos hipersônicos acima de Mach 5.
A Stratolaunch está construindo dois desses veículos além do TA-2, uma variante totalmente reusável. A meta da empresa é iniciar o serviço comercial da plataforma de lançamento em 2023.
Novo maior avião em condições de voo do mundo
Originalmente, a Stratolaunch havia sido criada por Paul Allen, ex-sócio de Bill Gates na Microsoft, para ser uma plataforma de lançamento de foguetes e espaçonaves, mas após a morte do bilionário a empresa acabou repassada para um grupo de investimentos que mudou sua missão.
O Roc, apelido que foi oficializado pela empresa, herdou o título de maior aeronave voando do mundo após a destruição do Antonov An-225 na Ucrânia por forças invasoras da Rússia.
Embora tenha batido o recorde histórico de avião com a maior envergadura de asa (117 m), o Model 351 (designação da projetista Scaled Composites) possui um peso máximo de decolagem de 590 toneladas, 50 a menos que o Mriya.