O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, confirmou ontem (10) que seu país enviará um Boeing E-7A Wedgetail à Alemanha para acompanhar o fluxo de entrega de equipamentos militares e ajuda humanitária para a Ucrânia – que está em guerra com a Rússia desde fevereiro do ano passado.
O avião de alerta e controle aéreo antecipado (AEW&C) da Força de Defesa Australiana, acompanhado de 100 tripulantes e pessoal de apoio, será posicionado na Alemanha a partir de outubro. A aeronave ficará na Europa por cerca de seis meses.
A implantação do E-7A australiano na Alemanha foi anunciada por Albanese após discussões com o chanceler alemão, Olaf Scholz, durante um encontro em Berlim. Os dois chefes de estado vão se reunir hoje na cúpula da OTAN, em Vilnius, na Lituânia, acompanhado de outros mandatários de países membros do bloco militar.
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“Esta é uma contribuição importante”, disse Albanese durante uma coletiva de imprensa em Berlim. “A Austrália, claro, está muito longe da Europa. Mas uma das coisas que esta guerra fez foi nos lembrar que no mundo globalizado e interconectado de hoje, um evento como a guerra terrestre na Europa tem impacto no mundo inteiro.”
Albanese afirmou que o E-7A deve conduzir longas missões de vigilância diárias, acompanhando o envio de recursos para a Ucrânia por meio da Polônia e outros países vizinhos. O primeiro-ministro da Austrália, porém, antecipou que a aeronave não entrará nos espaços aéreos ucraniano, russo ou bielorusso.
“Avião-radar” dos mais avançados da atualidade, o Boeing E-7A pode executar missões de vigilância marítima e terrestre, bem como coordenar as ações de aeronaves de combate enquanto fornece dados de controle aéreo. O avião militar é baseado no jato comercial 737-700, com o acréscimo de uma antena de radar do tipo MESA (Multi-Role Electronically Scanned Array) que pode encontrar ameaças entre 650 km e 850 km de distância. A Austrália tem hoje seis dessas aeronaves.