Austrália vai encomendar novos C-130J, descartando o Embraer KC-390

Real Força Aérea da Austrália alegou que turboélice da Lockheed Martin é “confiável e comprovado em combate” desde 1999. Pedido deve chegar a 30 aeronaves
Um dos 12 C-130J da Austrália; aeronaves estão em serviço no país desde 1999 (RAAF)

A Real Força Aérea da Austrália (RAAF) confirmou nesta terça-feira (1) que o turboélice C-130J-30 é o escolhido para substituir a frota atual de 12 aeronaves Hercules recebida em 1999.

Concorriam no Projeto AIR 7404 também o Airbus A400M, o Kawasaki C-2 e o Embraer KC-390, mas o Ministério da Defesa australiano alegou que “a nova aeronave C-130J representa a única opção que atende a todos os requisitos de capacidade da Austrália e garante a capacidade de mobilidade aérea sem introduzir riscos substanciais de custo, cronograma e capacidade”.

Segundo a imprensa local, a RAAF deve encomendar 30 novos C-130J, seis deles da variante KC-130, com capacidade para reabastecimento aéreo tático. O acordo com a Lockheed Martin ainda depende da aprovação do governo da Austrália, o que deverá ocorrer em março 2023.

Veja também: EUA devem enviar seis bombardeiros B-52 para o norte da Austrália, visando a China

Rivais melhores que o C-130J

O KC-390 chegou a fazer uma parada técnica para reabastecimento na Austrália em 2017, a caminho da Nova Zelândia, para demonstrações para a Força Aérea do país vizinho. A Embraer, no entanto, não chegou a dar detalhes sobre sua proposta à RAAF desde então.

Embraer KC-390 (FAB)

Dos quatro concorrentes, o C-130J é o mais lento e o que transporta menos carga paga. A capacidade de reabastecimento aéreo tático também é compartilhada pelo A400M e o KC-390, que podem transferir combustível para aeronaves mais lentas e helicópteros.

Apesar disso, o Ministério da Defesa defendeu a escolha de “uma aeronave de substituição de baixo risco, certificada em todas as funções, comprovada, madura e acessível que atenda às necessidades de mobilidade aérea da Austrália”.

Recentemente, a Austrália tem se aproximado dos Estados Unidos para reforçar seu arsenal de defesa, incluindo a compra de submarinos com propulsão nuclear, um acordo que irritou a França, antes parceira num programa semelhante.

Tanto o A400M (foto) quanto o KC-390 têm capacidade para reabastecer helicópteros no ar (Airbus)

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  1. Gostaria de saber, qual motivo o KC-390 da EMBRAER, NOVOS, não foi adquirido para serviço de reabastecimento no ar? O BRASIL preferiu adquirir duas aeronaves USADAS, ANTIGAS, pra fazer adaptação. Já que eram de passageiros.

  2. Em ambos os casos – concorrência da Austrália e as 2 sucatas comprada recentemente (desconsiderando o recurso disponível no Brasil), passa a impressão que algo esférico ($$$) ajudou na decisão.

  3. Ao Justiceiro : você tem que entender onde se emprega uma aeronave de uso tático e uma de uso estratégico e sua pergunta será respondida. Quanto ao comentário do Rui, é tão somente uma impressão sua já que você (eu também me incluo) não entende a fundo quais os cenários usados por tais aeronaves.

  4. Chamar os Airbus 330 adquiridos pela FAB de sucatas é demonstrar uma profunda falta de conhecimento no assunto e uma falta do que dizer.

  5. Vitor, me explica o porquê de não adquirir um a330neo (geração mais nova) e adquirir uma aeronave que é menos eficiente à geração neo e que tem mais de 20 anos (considerado um avião velho já indo para aposentadoria. Tanto que não se usá mais para cia aéreas de voos regulares). Queria saber o porquê o Brasil não gasta com algo zero.

  6. Em tese o A330neo não é certificado para conversão no A330MRTT já que muitos sistemas da aeronave são diferentes. E mais, os A330 adquiridos foram produzidos em 2014 e no mercado aeronáutico são aeronaves relativamente novas e ainda com muitos anos de vida.

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