No último dia 7 de outubro, o Ministério da Defesa da Áustria informou que tem reservado um orçamento de 16 bilhões de euros até 2027 para uma possível aquisição de “caças furtivos” de quinta geração na próxima década. Segundo o website Janes 360, a aeronave referida pelos austríacos é o jato norte-americano Lockheed Martin F-35 Lightning II.
A Força Aérea Austríaca busca um novo caça há pelo menos cinco anos para substituir a frota de interceptadores Eurofighter Typhoon, que estão em serviço na Áustria desde 2005. No entanto, a aeronave do consórcio europeu Airbus/Leonardo/BAE Systems também vem motivando diversas reclamações no país, dado seu alto custo operacional.
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O custo da hora de voo do Typhoon é um dos mais altos na aviação militar, estimado em US$ 61.000 por hora de voo. É uma grande diferença em relação ao F-35A (versão de pouso e decolagem convencionais), que exige um gasto aproximado de US$ 30.000 por hora de voo e tem a vantagem de ser furtivo (“invisível” aos radares), enquanto o Eurofighter não é.
Segundo a publicação, o Ministério da Defesa austríaco, por meio da diretoria de armamentos, já começou a reunir informações sobre o F-35. A autoridade do país, porém, ainda não confirma esse dado. Se tal compra for efetuada, a Áustria será o 16º cliente do caça de quinta geração da Lockheed Martin.
Gripen sai do radar
Em 2020, a imprensa austríaca apontou o Gripen E/F da Saab como o substituto ideal para os Typhoon. Na época, comentou-se que o jato sueco era interessante para a força aérea do país justamente por conta de seu custo operacional baixo, na faixa dos US$ 4.700 por hora de voo.
No entanto, com a publicação do novo requisito do Ministério da Defesa austríaco, que pede caças furtivos de quinta geração, a versão mais moderna do Gripen pode ficar de fora de um possível programa de substituição do Eurofighter, afinal a opção sueca é uma aeronave da chamada “geração 4,5”.
A força aérea da Áustria já foi um tradicional cliente da Saab. Antes de receber os Typhoon, a aeronave de defesa aérea do país era o Draken, o “avô” do Gripen. Os austríacos também já operaram outros jatos militares da fabricante sueca, o J29 Tunnan e o avião de instrução Saab 91 Safir. O único avião escandinavo que permanece ativo no país é o jato de treinamento avançado Saab 105.