A Boeing tem 90 dias para solucionar os problemas de qualidade e segurança na produção de suas aeronaves, afirmou a FAA, agência de aviação civil dos EUA.
“A Boeing deve se comprometer com melhorias reais e profundas”, disse o chefe da FAA, Mike Whitaker nesta quarta-feira. “Fazer mudanças fundamentais exigirá um esforço sustentado da liderança da Boeing, e vamos responsabilizá-los em cada etapa do caminho, com marcos e expectativas mutuamente compreendidos”.
Segundo ele, a fabricante deve apresentar um plano abrangente para resolver os problemas sistêmicos de controle de qualidade de suas linhas de montagem.
A determinação é parte de um processo de escrutínio da empresa após o incidente com o plug de porta de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines que se desprendeu em voo em 5 de janeiro.
A peça, ao que tudo indica, saiu da fábrica de Renton sem os quatro ferrolhos que a prendem à fuselagem.
O CEO da Boeing, Dave Calhoun, comentou sobre as declarações da FAA. “A Boeing desenvolverá um plano de ação abrangente com critérios mensuráveis que demonstrem a mudança profunda que o administrador Whitaker e a FAA exigem. Nossa equipe de liderança da Boeing está totalmente comprometida em enfrentar esse desafio”, disse.
A empresa pretendia ampliar a taxa de produção do 737 MAX para 42 aeronaves por mês em 2024, mas a FAA limitou a produção mensal para 38 jatos.
Ao mesmo tempo, a certificação de tipo dos modelos 737 MAX 7 e 737 MAX 10 segue indefinida, frustrando vários clientes que aguardam há anos pelas novas aeronaves, como a Gol.