A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (26) que descobriu um novo “risco em potencial” no 737 MAX. O órgão, no entanto, não especificou qual é o problema que afeta a aeronave da Boeing, que deve aguardar mais tempo do que o previsto para voltar ao mercado. A previsão anterior apontava o retorno do jato para o final deste mês.
“O FAA está seguindo um processo minucioso, não um cronograma prescrito, para devolver o Boeing 737 MAX ao serviço de passageiros. O FAA vai retirar a ordem de proibição da aeronave quando considerarmos que é seguro fazê-lo”, salienta o FAA em comunicado.
Em nota, a agência norte-americana acrescentou que continua avaliando as modificações no software MCAS da Boeing e que está desenvolvendo novos procedimentos de treinamento para pilotos. O mal funcionamento do sistema de voo do 737 MAX é apontado como o responsável pelos recentes acidentes com o jato da Boeing.
Com esse novo problema em vista, a Boeing não poderá executar voos de teste com o 737 MAX até 8 de julho, informou a agência Reuters.
Segundo reportagem do Aviation Week, o novo problema na aeronave foi detectado durante testes em simulador de voo da Boeing. Os pilotos estavam simulando um cenário de perda de estabilidade e passando pela lista de verificação de resposta a emergências. “Eles tiveram dificuldade em resolver rapidamente a situação”, explicou uma fonte à publicação.
A matéria continua explicando que o novo problema no 737 MAX pode estar associado a um chip de processamento de dados de voo com mal funcionamento. Não está claro ainda se o próprio chip precisa ser alterado ou se uma atualização de software resolverá a questão. Trocar esse componente pode atrasar ainda mais o retorno do jato ao serviço, já que provavelmente exigiria reprojetar parte da arquitetura eletrônica dos chips, além de trocar o componente em mais de 500 MAXs em frotas de companhias aéreas e modelos prontos para serem entregues.
O 737 MAX foi proibido de voar no mundo todo após a queda de um modelo da companhia aérea Ethiopian Airlines, em março. Esse foi o segundo acidente com o novo jato da Boeing em cinco meses. Em outubro do ano passado, uma aeronave do mesmo tipo operada pela Lion Air caiu na Indonésia. Os dois acidentes deixaram um total de 346 mortos.
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Será que o excessivo uso da eletrônica embarcada não está produzindo muitos acidentes mundo à fora? A eletrônica de um jato desse porte é muito sofisticada, qualquer falha mínima , de software ou hardware resulta em desastres fatais. Será que muitas das funções não deveriam ser deixadas exclusivamente aos pilotos em vez do computador de bordo?
Gente… Pelo jeito, de um jeito ou de outro, parece que será o fim do 737, uma era que se vai… Existirá um Embraer 200?
Ola Antonio de Souza sou contra seu pensamento, pois isso já aconteceu com varias aeronaves, e também com a própria boeing com 747 e o mesmo existe até hoje.