Aves de rapina são treinadas para evitar “birdstrike” no Galeão

Ajuda de falcões reduziu em 32% os incidentes desse tipo entre 2015 e 2016
Falcões são treinadas para afugentar e capturar pássaros como urubus, carcarás e garças (RIOGaleão)
Falcões são treinadas para afugentar e capturar pássaros como urubus, carcarás e garças (RIOGaleão)
Falcões são treinadas para afugentar e capturar pássaros como urubus, carcarás e garças (RIOGaleão)
Falcões e gaviões são treinadas para afugentar e capturar pássaros como urubus, carcarás e garças (RIOGaleão)

O “bird strike”, jargão do setor aéreo para colisão entre uma ave e um avião, é um tipo de incidente que preocupa companhias aéreas e aeroportos em todo o mundo. Para minimizar esse problema, o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, adotou, desde 2013, a falcoaria, que é a utilização de aves de rapina treinadas para afugentar os demais pássaros no entorno do aeroporto. Essa é uma técnica sustentável de controle biológico: de forma planejada, os animais fazem o que fariam na natureza e ajudam os humanos a atingir um resultado desejado.

A concessionária do aeroporto carioca, a RIOGaleão, informa que com a ajuda de falcões e gaviões foi possível obter uma redução de 32% nos incidentes, passando de 109 ocorrências em 2015, para 74 em 2016.

O diretor de Segurança e Operações de Voos da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Ronaldo Jenkins, disse que essa é uma prática adotada em diversos países, pois é eficiente e não requer grande investimento, mas que deve fazer parte de um conjunto maior de procedimentos. “Os aeroportos também têm um cuidado grande com a destinação dos resíduos de lixo, poda da grama e demais focos atrativos de animais na área do aeródromo”.

As aves de rapina são treinadas para afugentar e capturar pássaros como urubus, carcarás e garças, comuns no céu do Rio de Janeiro. Essas são espécies cujos exemplares podem ficar bastante grandes quando adultos, chegando a pesar vários quilos. A massa destes animais aliada à alta velocidade das aeronaves pode então resultar em encontros com grande quantidade de energia. Com isso, os impactos podem acarretar até em danos na fuselagem e motores dos aviões. “Algumas vezes esse tipo de colisão pode resultar em um pouso não programado ou até de emergência, em casos extremos. Também surge a necessidade enviar o avião para manutenção, o que gera impacto na operação e prejuízo financeiro para a companhia”, conclui Jenkins.

O aeroporto informa ainda que “os animais utilizados permanecem no sítio aeroportuário, em uma infraestrutura adaptada para o desenvolvimento da atividade, o que assegura condições adequadas à saúde e bem-estar dos bichos”.

Fonte: Agência ABEAR

Veja mais: Mitos e verdades sobre acidentes aéreos

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