O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já registrou 46 notificações sobre avistamentos de balões próximos a aeronaves e aeroportos somente nos primeiros 45 dias de 2017. Em todo o ano de 2016 foram 509 registros – média de 42 ocorrências por mês. Os estados com maior incidência foram São Paulo, que acumulou mais da metade dos casos, seguido de Rio de Janeiro e Paraná. As entidades do setor têm ampliado cada vez mais a troca de informações e atuação conjunta para evitar que estes números continuem a se repetir.
Os balões não tripulados, também conhecidos como “balões juninos”, podem chegar a pesar dezenas de quilos e carregar materiais perigosos (inflamáveis e explosivos). Apesar disso, não são detectados por radares, dificultando a identificação por pilotos e controladores de voo. Assim, eles geram riscos que envolvem desde a colisão com aeronaves até a necessidade da realização de manobras abruptas não programadas, como um desvio para evitar o impacto, pousos de precaução e arremetidas, que podem causar desconforto aos passageiros e atrasos em voo.
“Quando um balão se aproxima de um aeroporto, mesmo sem cair na pista, ele pode ocasionar a interrupção de pousos e decolagens e impactar a malha aérea nacional, afetando horários de voos em outras localidades, acarretando em atrasos e custos financeiros para as empresas aéreas e aeroportos”, esclarece o consultor da Diretoria de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Paulo Roberto Alonso. O comandante acrescenta que a maior ameaça é à segurança das aeronaves e seus passageiros: o impacto de um artefato com uma aeronave pode causar danos à fuselagem, turbinas, ou hélices – e até interferir no funcionamento de sistemas de indicação de velocidade e altitude do avião.
Grupo de Trabalho
Um grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), com participação de representantes da ABEAR e dos principais atores do setor aéreo brasileiro, foi formado para ampliar o diálogo, conscientizar a população sobre o tema e incentivar ações técnicas e policiais para reduzir a prática do crime de soltura de balões no país. A ideia é analisar estatísticas de notificações e direcionar a atuação estratégica dos órgãos de segurança pública, ampliando o combate à soltura dos balões não tripulados.
Como ajudar?
Ações suspeitas relacionadas à soltura de balões devem ser comunicadas à Polícia (190) ou ao Disque-Denúncia (181). Além disso, qualquer cidadão que tenha avistado balões no espaço aéreo, especialmente em áreas próximas aos aeroportos, pode fazer o registro da ocorrência no portal do Cenipa.
Fonte: ABEAR
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O jeito mais inteligente de resolver o problema dos balões é LEGALIZAR E REGULAMENTAR. Proibido ninguém avisa autoridades da soltura e ta pouco se fodendo com espaço aéreo. Legalizado da pra informar com antecedência ou se entrar em área de risco avisar sobre a emergência. Além de poderem resgatar e prevenir incêndios.
Proibir os balões aumenta o risco da aviação de forma ridícula.
Eles estão certos, fora que o balão pode cair em alguma residência e provocar um incêndio.
Concordo bruno, n se proibe uma arte milenar