A frágil situação política e econômica da Venezuela tem causado uma debandada de companhias aéreas internacionais que voavam para o país. Nesta semana, a americana Delta Airlines e o braço colombiano e peruano da Avianca confirmaram que suspenderão seus voos com destino a capital Caracas.
A Avianca anunciou em nota que cessará as duas frequências que opera entre Caracas e as cidades de Bogotá e Lima, no Peru a partir do dia 16 de agosto. A razão alegada pela empresa foi falta de garantia em relação à segurança das operações, além da crise “sócio-econômica” por que passa o país.
“Depois de mais de 60 anos de serviço contínuo na Venezuela, a Avianca lamenta tomar esta decisão difícil, mas nossa obrigação é garantir a segurança das operações. Temos intenção de retomar os vôos assim que pudermos contar com as condições necessárias para isso”, declarou a empresa em seu site na internet.
No caso da Delta, a informação consta em sua programação, que prevê a última decolagem de Caracas no dia 17 de setembro – a companhia opera um voo para seu hub em Atlanta.
Sem voos desde 2016
A lista de companhias aéreas que deixaram de voar para a Venezuela é extensa. Entre elas estão a Air Canada, cujo último voo ocorreu em março de 2014, Alitalia (abril de 2015), Lufthansa e Aeroméxico (junho de 2016) e United Airlines, em junho deste ano.
As brasileiras LATAM e Gol também suspenderam suas operações no ano passado. O braço brasileiro da LATAM realizou o último voo semanal entre São Paulo e Caracas em 28 de maio de 2016. Já a Gol decidiu encerrar temporariamente sua frequência para o país em setembro passado após ter mais de R$ 400 milhões bloqueados na Venezuela por conta de um impasse a respeito do pagamento de combustíveis.
Ainda operam voos regulares para o país sul-americano empresas como a TAP, Air France, Iberia, Air Europa, Turkish e companhias da continente como Aerolíneas Argentinas, Copa Airlines, TAME e Cubana de Aviación.
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