A Avianca anunciou nesta sexta-feira (29) que a Viva Air, companhia aérea de baixo custo da Colômbia, passará a fazer parte da holding Avianca Group. Em comunicado feito em conjunto por acionistas majoritários de Avianca e Viva, as empresas ressaltaram que a transferência do controle ainda está sujeita a aprovação das autoridades regulatórias de Peru e Colômbia.
Enquanto não há uma liberação por parte das agências reguladoras dos dois países, a Viva seguirá com atuação e administração independente, ressaltaram as empresas. Para o futuro, os acionistas anteciparam que mesmo fazendo parte do mesmo grupo, Avianca e Viva manterão suas estratégias e marcas individuais.
“Este novo e robusto grupo de companhias aéreas beneficiará os clientes ao utilizar uma estrutura de custos mais eficiente para oferecer tarifas mais baixas, uma rede de rotas que oferece conexões diretas entre destinos, um forte programa de fidelidade e um serviço amigável e eficiente”, disse Roberto Kriete, principal acionista da Avianca e presidente do Conselho de Administração.
O Avianca Group também citou que a união servirá para fortalecer o setor após a crise histórica causada pela Covid-19 e que o processo “dará melhores oportunidades aos mais de 13.000 funcionários que fazem parte de ambas as companhias aéreas”.
Declan Ryan entra para o conselho da Avianca
Com a integração das companhias, o sócio fundador da Viva, Declan Ryan, passará a integrar o conselho de administração do Avianca Group. Com décadas de experiência no ramo da aviação, ele é filho de um dos fundadores da gigante irlandesa Ryanair, Tony Ryan.
Inclusive, a Viva Air está em vias de fazer sua estreia no Brasil, com uma rota Medellin-São Paulo a partir de 22 de junho. Atualmente, a companhia aérea de baixo custo opera uma frota de 22 aeronaves, sendo 11 Airbus A320-200 e 11 Airbus A320neo, opção mais eficiente e atualizada do A320.
Por sua vez, a Avianca conta com 100 aeronaves, em sua maioria também A320, com 55 unidades do A320-200 e 13 A320neo. A empresa colombiana também opera Airbus A319 (13), Airbus 330 (5) e Boeing 787 Dreamliner (14).
A Avianca Holdings passou por uma recuperação judicial nos Estados Unidos, processo concluído no final de 2021. Já a Avianca Brasil, como ficou conhecida a OceanAir, teve sua falência decretada no país em 2020. As duas empresas tiveram como sócios os irmãos Efromovich, oriundos do setor petrolífero.