A Avianca anunciou nesta quarta-feira (1) que obteve sucesso no processo de restruturação financeira para deixar o “Chapter 11”, a legislação de proteção a empresas em dificuldades dos EUA.
Segundo a companhia aérea da Colômbia, o acordo obtido junto aos seus credores permitiu a redução da sua dívida e obter mais de US$ 1bilhão em liquidez.
A empresa é a primeira das três grandes companhias aéreas latino-americanas a deixar a concordata – além da companhia colombiana, a LATAM e a Aeromexico também apelaram para a Justiça dos EUA para renegociar suas dívidas.
A Avianca havia aderido ao Chapter 11 em maio, poucas semanas após o início da pandemia do Covid-19. A situação financeira já era precária antes da crise sanitária, com o afastamento do comitê executivo da empresa, então controlado por Germán Efromovich.
De acordo com a Avianca, o Tribunal Sul de Nova York aprovou o plano de reorganização proposto, abrindo caminho para deixar o Chapter 11 até o final do ano.
A empresa se mostrou otimista quanto ao futuro, em que espera expandir da malha aérea para 200 rotas nos próximos três anos. Serão 130 aeronaves até o final de 2025, configuradas com assentos de nova geração, mais leves a fim de reduzir a pegada de carbono.
Recentemente, a Avianca retirou de serviço seus Airbus A330 com a meta de manter uma frota única de longo alcance com o Boeing 787-8 Dreamliner. A empresa disse ainda que pretende ampliar a divisão de carga nos próximos anos.
“Estamos muito orgulhosos do trabalho que a equipe da Avianca fez, que levou a empresa a emergir do Capítulo 11 dentro do cronograma como uma organização financeiramente mais forte. Embora estejamos no caminho certo para a recuperação, devemos permanecer cautelosos com o progresso da pandemia que ainda não terminou e devemos nos manter focados na execução de nosso novo plano de negócios ”, disse Roberto Kriete, Presidente do Conselho.