O novo avião anfíbio chinês AVIC AG600 “Kunlong” realizou nesse domingo, 26, seu primeiro pouso e decolagem no mar. As provas aconteceram no litoral de Qingdao, na província de Shandong, no leste da China.
O avanço do AG600 para as provas marítimas é um importante marco no projeto e vai de encontro com as ambições do governo chinês de aumentar sua presença militar no Oceano Pacífico. O “barco voador” da AVIC será um valioso instrumento para vigiar a faixa litorânea e abastecer as ilhas artificiais do país construídas no mar do Sul da China.
Segundo a fabricante, a aeronave deve ser concluída e certificada pela agência de aviação civil da China em 2021 e as primeiras unidades serão entregues em 2022. O avião anfíbio tem 17 pedidos até o momento, todos de agências governamentais chinesas, incluindo a guarda costeira, apontada como o possível operador de lançamento do AG600.
Um dos maiores aviões projetados na China, o AG600 voou pela primeira vez em 24 de outubro de 2017, mas de um aeroporto. No ano seguinte, em 24 de outubro, o avião fez sua primeira decolagem na água, em uma represa no norte da China. O desenvolvimento da aeronave é liderado pela CAIGA (China Aviation Industry General Aircraft), divisão do grupo estatal AVIC.
Maior avião anfíbio do mundo
Medindo 37 metros de comprimento por 38,8 m de envergadura, o AG600 é quase do mesmo tamanho de um jato comercial Boeing 737-700. De acordo com a AVIC, o avião tem peso máximo de decolagem de 53,5 toneladas, impulsionado por quatro motores turboélice russos Ivchenko WJ-16, fabricados sob licença na China pela Dongan (divisão de motores da AVIC).
AVIC informa que a aeronave é projetada para ter autonomia de 4.500 km ou de 12 horas de voo, em velocidade de cruzeiro de 570 km/h, com capacidade para cerca de 50 passageiros ou 12 toneladas de carga.
Com todo esse desempenho e medidas avantajadas, o AG600 será o maior avião anfíbio produzido no mundo. Outros raros aviões nessa categoria são o russo Beriev B-200, com motores a jato, e o turboélice japonês ShinMaywa US-2, que logo serão superados pelo novo gigante chinês.
Veja mais: Embraer inicia testes de “táxi voador” em simulador de voo
Fui uma das poucas pessoas no mundo a voar num aerobarco. Em 1971 fui de Belém até Santarém (pa) em um Catalina PBY ds Fab. A mais linda viagem aérea que fiz, com 3 pousos em rios e chegada a Santarém no aeroporto, em terra, pois o Catalina é anfibio.