Em serviço com a força aérea dos EUA (USAF) há mais de 60 anos, o avião-espião U-2 Dragon Lady ainda está longe de baixar suas asas. A Lockheed Martin anunciou nesta semana que concluiu os testes de voo com a aeronave equipada com o novo sensor SYERS-2C eletro-óptico/infravermelho que oferece desempenho aprimorado a rastreamento de longo alcance mesmo em condições climáticas adversas.
“O SYERS-2C representa um passo evolutivo para a força aérea, capitalizando em um sistema maduro e de alto desempenho para inserir novos recursos substanciais no campo de batalha do futuro”, disse Kevin Raftery, vice-presidente e gerente geral da Collins Aerospace Systems, empresa norte-americana que desenvolveu o novo sensor para o U-2.
Segundo o fabricante, o novo equipamento usado no veterano avião-espião oferece “capacidade incomparável” para encontrar, rastrear e avaliar alvos móveis e estacionários.
“O SYERS-2C é o principal sensor de imagem de inteligência, vigilância e reconhecimento e sua integração ao U-2 aprimora ainda mais a capacidade da aeronave de fornecer dados de inteligência estratégica sem paralelo aos nossos combatentes”, disse Irene Helley, diretora do programa U-2 da Lockheed Martin.
Espião da Guerra Fria
Projetado no auge da Guerra Fria para espionar o território da antiga União Soviética, o U-2 continua prestando um importante serviço às forças armadas dos EUA, mesmo com o advento de satélites e drones de reconhecimento.
A USAF ainda tem cerca de 30 exemplares do U-2 em serviço ativo distribuídos em cinco esquadrões, sendo três deles baseados fora dos EUA: no Chipre, Coreia do Sul e Reino Unido.
O voo inaugural do U-2 aconteceu no dia 1 de agosto de 1955 e dois anos depois o avião iniciou sua carreira na aviação militar. A Lockheed Martin produziu 104 unidades da aeronave entre 1955 e 1989. Partes desses aparelhos também foram operados pela Agência de Inteligência dos EUA (CIA) e a NASA, que usou o Dragon Lady para estudos sobre o clima e voos em grandes altitudes.
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