O jato E190-E2 número de série 19020016 é que se pode chamar de um avião “pé frio”. Fabricada há dois anos, a aeronave da Embraer deveria ter sido entregue originalmente para a Fuzhou Airlines, da qual até matrícula chegou a ser designada.
O acordo desandou e a Embraer então colocou o E190-E2 na lista de entregas da Air Astana, do Cazaquistão, mas novamente o negócio não foi concluído.
Foi aí que a Congo Airways assumiu o novo jato, que recebeu sua pintura e até mesmo um nome, “Etienne Tshisekedi”, político do país africano.
Nada feito já que a empresa aérea não saiu do chão. Foi quando a Azorra Aviation, empresa de leasing dos EUA, entrou em campo e o negociou com outra companhia africana, a Madagascar Airlines.
A estatal é um projeto para estabelecer uma nova empresa aérea de bandeira do país, substituindo a Air Madagascar. Há cerca de um ano, ela anunciou um acordo para contar com três E190-E2 configurados com 96 assentos em duas classes e que seriam a base da frota.
O jato 19020016, que fez seu primeiro voo em outubro de 2021, chegou a ter fuselagem repintada com as cores da Madagascar Airlines e parecia pronto para entrega, mas vários adiamentos se seguiram.
Durante a visita do Primeiro Ministro do Vietnã à Embraer, em setembro, a aeronave serviu como “cenário” para que Pham Minh Chinh posasse para fotos, evidentemente com as marcas da Madagascar Airlines cobertas.
Crise financeira pode levar empresa a voar com Embraer 190 de primeira geração
Pois nesta semana, a nova empresa aérea anunciou o fim do acordo com a Azorra, em meio a uma grave crise financeira.
View this post on Instagram
Seu presidente, o francês Thierry de Bailleul, realizou uma coletiva de imprensa em 6 de novembro em que confirmou que a empresa aérea perdeu cerca de US$ 36 milhões nos últimos 18 meses.
A transportadora opera de forma provisória, utilizando um único turboélice ATR 72-600 ainda com as cores da antecessora. Voos de longa distância têm sido feitos por contratos de wet-leasing, com fornecimento da aeronave, tripulação, manunteção e seguro.
Segundo a mídia local, Bailleul estuda a possibilidade de substituir os E190-E2, do qual mostrou preocupação por conta dos problemas com os motores Pratt & Whitney PW1900G, pelos E190 de primeira geração, equipados com turbofans GE CF34.
Enquanto isso, o jato pé frio voltará à fila de espera por um interessado.
Pé frio? – Vcs tem noção de quantos jatos comerciais e executivos foram vendidos pela Embraer esse ano?
A Embraer precisa mudar essa maré de azar
Airway tem seu vínculo no mundo dos negócios. Chama de pé frio quem paga menos. 737 Max é um avião maldito? Já voei num, até que gostei, não caiu e estou vivo.
Povo ta ruim de interpretação heim, a materia nao estao falando mal do E190 E2 como um todo, mas sim desta unidade em especifico que esta sempre dando “azar” com os prováveis novos donos