A aposta dos EUA para colocar no mercado uma jato comercial de corredor único capaz de economizar até 30% de combustível ganhou nome, X-66A.
Esta será a designação do Demonstrador de Voo Sustentável que a Boeing e a NASA estão desenvolvendo utilizando o conceito Transonic Truss-Braced Wing, ou asa treliçada transônica, numa tradução literal.
Trata-se na prática de trocar as asas atuais por um conjunto de perfil extramemente fino e longo, capaz de reduzir o arrasto aerodinâmico em um nível nunca visto.
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Por ter uma envergadura enorme, essa configuração precisa de suportes fixados na fuselagem e que também contribuem para a sustentação da aeronave.
Os motores, de alta razão de diluição, ficam instalados próximos a raiz da asa alta, que fornece espaço que atualmente não existe em aeronaves como o Boeing 737 e ou Airbus A320.
Fuselagem do velho MD-90
Para avaliar o conceito, a Boeing a e NASA irão construir um protótipo que utiliza a fuselagem encurtada de um antigo MD-90. A própria fabricante já havia sinalizado essa possibilidade em projeções de computador anteriores que mostravam a cauda do antigo jato criado pela McDonnell Douglas.
“O X-66A ajudará a moldar o futuro da aviação, uma nova era em que as aeronaves são mais ecológicas, limpas e silenciosas, e criará novas possibilidades para o público voador e para a indústria americana”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.
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O programa de desenvolvimento da aeronave conceitual terá duração de sete anos e consumirá US$ 750 milhões, US$ 450 milhões dos quais provenientes de um fundo da NASA.
O protótipo deverá voar em 2028 e então fornecer dados preciosos para seus parceiros em direção ao desenvolvimento de uma aeronave comercial capaz de se enquadrar nos requisitos ambientais das próximas décadas.
Para a Boeing, o X-66A é o prenúncio do que pode ser o substituto do 737, seu avião comercial mais popular. Acredita-se que a nova família de jatos deva chegar ao mercado em meados da próxima década.